sábado, 22 de novembro de 2008

minha história

A vida nos permite aprendizagens, e muitas nós adquirimos na escola. Sempre fui uma criança muito calma, tão calma que os professores me mandaram fazer tratamento no psicólogo pois achavam que eu tinha algúm problema. Estou com 23 anos e minha personalidade ainda não mudou. Um fato que me marcou muito foi que sempre tive uma professora mais chegada, me deu aula na primeira e segunda série, mas que me acompanhou até o final. Quando fiz 15 anos convidei ela para ir a minha festa, e ela foi. Fiquei muito feliz, pois uma professora ir ao uma festa de um aluno não era tão simples. Este ano eu vi ela novamente e ela me perguntou se tinha terminado o ensino médio. Eu disse que sim , e que faltava um ano para me formar na faculdade. Ela sorriu e disse, então conquistou o sonho, e eu nem lembro de falar para ela que eu queria ser profesora.Aos 14 anos passei por um momento significativo na minha vida. Fui vítima de tentativa de sequestro. Em uma cidade calma como Santo Antônio isso era uma das primeiras vezes a acontecer. No momento de solidão e desespero em que eu me encontrava, só Deus me ouviu e me deu o livramento de uma forma milagrosa. Nada aconteceu comigo, a situação serviu apenas para testar aminha fé e me fazer entender o que pessoas vítimas de violência passam.Eu sempre afirmei que faria pedagogia, mesmo sabendo que não tinha dinheiro para fazer a faculdade. Entre 23 primos eu fui a segunda a entrar no ensino superior. Saí do ensino médio e fui trabalhar em uma fábrica de calçados. Parecia que o meu sonho de ser prô tinha ido por água abaixo. O ser humano tem pouca capacidade de sonhar! Depois de algúm tempo abriu o curso normal em Santo Antônio. Pensei que seria a minha chance, mas não foi. No dia da prova de seleção eu tive que passar por uma cirurgia. Chorei muito por não conseguir e quase desisti de ser pedagoga. De novo o ser humano reclamando sem saber o que Deus tinha no futuro. Seis meses depois eu estava fazendo vestibular, mesmo sem grana para pagar a primeira mensalidade. Nos primeiros meses consegui com muito custo pagar a faculdade, no quarto mês não consegui mais. Eu procurei o departamento de bolsas e pedi uma. Eram 20 vagas, as inscrições já haviam terminado e eu insistindo. A moça mandou minha ficha, mas me deixou bem claro que minha ficha era a "uma a mais". Mas confiei que Deus faria um milagre! E fez. Ganhei uma bolsa integral até o final do curso e com o dinheiro qu me devolveram tirei minha carteira de habilitação. Hoje estou no sétimo semestre e tenho certeza do que quero para minha vida. Ainda tenho muitos sonhos pela frente e um deles é fazer a Escola de Missões em Porto Alegre. Não vou dizer que é impossível pois sei que nada é impossível para aquele que crê em Deus. Hoje a educação corre nas minhas veias, e está dentro do meu coração. Digo as pessoas que estão lendo que sou prova de um milagre, e prova de que se sonhamos podemos alcançar. E deixo uma frase para os leitores; "Quem vem ao mundo para nada perturbar não merece atenção nem paciência." Rene Clair

DANIELA ANDRADE RAMOS

Minhas lembranças

Lembro-me que adorava acordar cedo para ir a escola, juntamente com meu irmão e amigos, no antigo prézinho que localizava-se em uma casa (alugada pela prefeitura Municipal de Osório).Lembro da tia merendeira que nos cuidava com alegria e carinho.
Na 1ª passei para a Escola Municipal Major Antônio de Alencar, próximo a minha casa,onde minha mãe era professora; esse é um fato marcante em minha vida,pois não gostava de ser chamada de ¨filha de professora¨.
Na 2ª série é pertinente notar que sempre lembro da querida professora,que ensinava-nos com carinho e atenção. No primeiro dia de aula fizemos fila no pátio central da escola, onde cantamos o hino nacional, após cada turma seguia para a sala juntamente com a professora, neste momento vibrei de alegria ao ver minha professora, sentia orgulho pois ela era formada em Magistério e estudava o curso de direito.
Depois na 5ª série passei para a Escola Estadual Prudente de Moraes, adorava os momentos no pátio da escola, onde ficávamos conversando, estudava no turno da manhã e a tarde tinha as disciplinas de técnicas, domésticas e industriais,eram muito boas e produtivas.
Com 15 anos iniciei o curso de magistério na Escola Marquês de Herval, como aluna bolsista, por esse motivo sempre fui uma aluna muito interessada, estudiosa e dedicada com os estudos; foram os melhores anos, pois tinha duas amigas inseparáveis, fazíamos os trabalhos no turno da tarde com gostosos cafés.
Quero destacar o empenho e luta de minha mãe, que sempre me incentivou à estudar para assim ter uma boa formação. Hoje é com orgulho para todos de minha família que estou terminando o curso de pedagogia.
Trabalho há 5 anos com a Educação Infantil, gosto muito do meu trabalho e com ele conquistei muitas amizades verdadeiras e o carinho das crianças.
Vivo de bem com a vida! Acreditando no futuro, com coisas boas no meu caminho!

Andrea Ferri Alliardi

sábado, 8 de novembro de 2008

O caminho das flores....



Pois é, né, como começar falando da minha vida? É tão difícil falar da gente...
Me chamo Ana Katia Gamba Lussana, tenho 39 anos, nasci em Gravataí, venho de uma família de origem italiana, erámos em oito irmãos, sete irmãs e um irmão, mas com muito pesar perdi uma irmã este ano.
Sou a sétima, se não tivesse vindo meu irmão, antes de mim, diz a lenda que eu seria a bruxa, será??
Bruxa, tenho certeza que não sou, porque a minha vida não tem mágica nenhuma.
Fui na escola no período normal quando pequena. Apesar das dificuldades da minha família, sempre fui interessada nos estudos, uma das coisa que trago na memória é meu pai (im memorian) me chamando no bar onde ele costumava beber, chamava eu, minha irmã e meu irmão e começava a perguntar a tabuada e eu acertava tudo e ele dizia:”Esta é minha filha, quando crescer vai ser professora”.
Comecei a trabalhar com treze anos, no Nacional Supermercados, casei muito cedo, e por isso, na epóca parei de estudar. Quando pensava em voltar, tive minha filha Thamires, que nasceu especial, hoje tem 20 anos.
Toda a minha história pode ser definida em duas partes, antes e depois de ter a Thamires, sempre procurei ser uma mãe dedicada e sei que sou, com a graça de Deus e da minha família, que me apóia em todos os sentidos.
Me separei quando a Thamires tinha 7 anos, mas mesmo antes da minha separação sempre tive que trabalhar fora. Com muita batalha, consegui voltar a estudar depois de treze anos que tinha parado, consegui me formar no Ensino Fundamental no Supletivo, e resolvemos vir para Osório para tentar uma qualidade de vida melhor. Uma dos motivos que me levaram a vir para cá foi a Apae de Osório, que pedagogicamente é considerada dentro das Apaes uma das melhores escolas do R.S.
Aqui, posso dizer que minha vida se encaminhou, e para melhor, consegui fazer o Ensino Médio, passei no vestibular, passei no Enem, consegui a bolsa no Prouni, falta pouco para me tornar Pedagoga, tenho casa própria,a Thamires está muito bem, tem tudo o que ela precisa, na Escola e fora dela.
Quando fui fazer a inscrição do vestibular, pensei em fazer Pedagogia, a fim de poder estar cada vez mais perto da minha filha, tanto na disponibilidade de tempo, quando na parte pedagógica e psicológica.
Diante do relato de parte da minha história de vida, eu vejo como todas essas circunstâncias contribuíram para meu crescimento e como a formação recebida na graduação é importante para uma melhor qualidade de vida para mim e minha filha, tanto pelos conhecimentos adquiridos, quanto nos aspectos pessoais, auto-imagem, auto-estima e valorização pessoal.

Como estou me tornando professora

Meu nome é Verônica de Lima Mittmann, nasci na cidade de Tramandaí/RS, em 27 de setembro de 1983, com pouco mais de um ano vim morar em Osório com meus pais e a minha irmãzinha recém-nascida. O que lembro da minha infância é das brincadeiras com a minha irmã, sempre gostei de plantas e animais, por isso desde pequena já gostava de cultivar e de andar por lugares onde houvesse árvores e grama, me lembro que me sentia muito bem nestes lugares.
As letras despertavam muito o meu interesse e quando aprendi as primeiras letras, adorava juntá-las para formar palavras, mesmo com pouco nexo. As primeiras palavras que aprendi foram: ai, oi e ui, me lembro de ficar tentando formar frases com estas palavras, o que me deixava bastante frustrada, mas era preciso esperar. A história que marcou a minha vida foi a das Sete Cabritinhas e me lembro até hoje do relógio onde estas se escondiam no decorrer da história.
Meu sonho na época de criança era ser professora, me lembro que reunia as crianças do bairro (as mais novas) para brincar de ser professora, como não tinha um quadro, acabei ganhando o forro do roupeiro da minha mãe, o problema era conseguir giz. O problema foi resolvido quando no Dia das Crianças ganhei uma caixa de giz para fazer desenhos, numa atividade na avenida no centro da cidade de Osório. É claro que não fiz os desenhos, e guardei a caixa para poder ser professora.
Foi aí que resolvi que para ser professora era preciso entregar folhas mimeografadas, no começo minha mãe até me deu um papel carbono e folhas de oficio, mas acabei gastando todas e era preciso conseguir mais, acabei descobrindo o “lixo” dos professores, onde encontrava matrizes usadas e folhas riscadas só de um lado. Meu pai também contribuiu trazendo folhas usadas do serviço, antes deles colocarem no lixo, ele pedia para trazer para casa, o que transformou meu quarto num depósito de folhas. Mas passar folhas no carbono não era a mesma coisa do que matriz, não tinha o mesmo cheiro que eu tanto gostava, fiz várias tentativas que não deram certo, como passar um paninho com álcool nas folhas já marcadas pela matriz e ir pressionando sobre as outras, tentei ferro de passar e como não deu certo, voltei ao papel carbono.
Me lembro ainda que era muito curiosa e que numa das épocas o meu sonho era aprender uma outra língua, então como já tinha ficha na biblioteca pública, pedia para a minha mãe me levar. Então, depois da aula e depois de limpar a casa, me sentava no sofá e ficava tentando aprender e decorar para falar, fazia frases e ainda consegui influenciar minha irmã, agora tinha alguém para falar uma outra língua.
Desta experiência pouco aprendi das outras línguas, mas nunca mais tive a mesma sensação de prazer, quando pude na escola ter um professor para me ensinar. Aprender outras línguas deixou de ser atividades lúdica para se tornar uma atividade de cobranças...
Adorava ainda construir coisas, quando não podia ter um determinado brinquedo, ia lá e tentava construir, um livro que me ajudou muito nesta época, foi a coleção (que li inteira) dos Escoteiros Mirins, construía desde roupas para bonecas, as bonecas, a casinha da boneca (de restos de madeira retirados de um lugar onde eles colocavam no lixo e pregos), tentei construir patins, máquina de escrever, um avião...claro que poucos funcionaram, mas era muito prazeroso.
Quando entrei na catequese, com aproximadamente 11 anos, recebi uma proposta de ajudar as professoras de uma creche, eu exercia esta atividade nas tardes. Após limpar a casa junto com a minha irmã, nós íamos dar aula, claro que com tudo preparado antes e os devidos papéis passados no carbono, e era muito legal, lia para as crianças, conversava com elas, levava para brincar no jardim. Como estavam faltando professoras, acabamos assumindo uma turma. Fiquei fazendo este trabalho durante uns dois anos.
Quando entrei para o segundo grau, já pensava que precisava arrumar um emprego para ajudar em casa e para poder continuar os estudos quando já não pudesse contar com a escola pública. Consegui um emprego nos verões, nos quais eu trabalhava dezesseis horas, morando com a minha irmã na casa dos patrões, mas como ganhava muito pouco não daria, certamente, para pagar uma faculdade. Por conhecer poucas pessoas influentes acabava não conseguindo empregos fixos, somente estes de verão.
O segundo grau acabou e muitas das minhas colegas puderam ir para a faculdade e eu precisava desesperadamente conseguir um emprego. Em dezembro de 2001, terminei o segundo grau, e para conseguir dinheiro fazia crochê em casa, ajudava a minha mãe a limpar casas quando aparecia, ou meu pai a cortar grama.
Em março deste ano houve um concurso do estado, fiz as provas e fiquei dentro das vagas, mas não me chamavam, fiz o concurso no município de Imbé e tirei o segundo lugar, mas também não me chamaram. Fui, neste verão, de novo trabalhar na praia, deixando um namorado que tinha nesta época, pois precisaria ficar três meses fora de casa. Nesta época consegui o direito de tirar uma folga a cada quinze dias e trabalhava 16 horas diárias.
No outro ano fiz um concurso em Tramandaí mas tirei o sexto lugar, e não fiquei dentro das vagas. Fiz também o concurso de Xangri-Lá, no qual passei bem. Como não me chamaram ao final deste ano, voltei a trabalhar na praia. Mas ficar em casa estava ficando bastante difícil, apesar de me inscrever em vários lugares, não conseguia emprego e comecei a pensar que o problema estava em mim.
Sei que, ao realizar as provas de Xangri-Lá, tive um crise de ansiedade e tive de me dividir, uma parte de mim tinha de realizar as provas, a outra tinha de cuidar para eu não desmaiar, algo que começava a ser freqüente nos meus desafios. Fui trabalhar, como havia dito, em Tramandaí, morava num depósito e tentava me dopar com maracujá, pois tinha crises de pânico muito freqüentemente. Em 2004 fui chamada neste concurso e sabia que talvez não passasse nos testes de saúde, por causa da síndrome do pânico.
Felizmente fui aprovada e comecei a trabalhar. Este emprego marcou uma nova etapa na minha vida, agora poderia sonhar! A primeira conquista foi um computador, já que sabia que seria necessário para fazer a faculdade. Neste mesmo ano me inscrevi no vestibular e utilizei o Enem, acabei entrando no curso de pedagogia em 2005, conseguindo 50% de bolsa pelo Prouni.
Neste tempo, aprendi muitas teorias de aprendizagem que pretendo colocar em prática. Aprendi a controlar minha ansiedade e estou com muitas perspectivas para o futuro, tenho vontade de fazer uma pós-graduação na área da aprendizagem ou filosofia e trabalhar como professora numa escola pública.

DE SONHO À REALIDADE

Tudo começou quando brincava, com minhas bonecas, de dar aula. Depois, com minhas primas, sempre eu era a professora. Com o passar dos anos fui à escola, e a vontade de ser professora só aumentava.
Lembro-me que na quarta-série, feliz da vida, olhei para minha professora e disse: ‘O meu sonho é ser professora’. Ela me olhou e riu dizendo: ‘Acho dificil, vai ter que estudar muito’. Eu, naquele momento, confesso que desanimei, parecia que jamais seria possível eu ser professora. Mas a vontade ainda permanecia dentro do meu coração, eu vivia sonhando.
As coisas em nossa vida só começam quando sonhamos, e é por isto que continuei sonhando. Parei de estudar na sétima série - havia sido reprovada em matemática e fiquei desanimada- e não continuei. Como em minha família era só minha mãe e meus irmãos pequenos, eu ficava cuidando deles, mas, ao completar meus 18 anos ganhei uma bolsa de estudo em São Paulo em Pindamonhangaba, para fazer um curso de teologia em 3 anos. Foi quando a vida abriu as portas novamente para a esperança de estudar e, a partir daí, voltei a estudar e terminar meus estudos, através do supletivo.
Ao retornar para casa, depois de formada, e com outra visão de conquista, me inscrevi para ganhar uma bolsa de estudo para fazer o Curso Normal, formação em magistério e fui contemplada com 100% da bolsa. Estudava pela manhã e trabalhava pela tarde, sempre ajudando minha mãe, mas feliz, pois estava a caminho do meu sonho. Só que no final do segundo ano eu havia ido mal em biologia, faltou cinco pontos para alcançar a média, que era de 70, resultando que fui reprovada e perdi a bolsa. Na época não havia condições de fazer, mesmo recorrendo, não houve compreensão da parte desta professora. Pena! Eu já tinha sentido até o gostinho de estar em sala de aula e lá se foi um sonho!
Casei, tive filhos e sempre trabalhando. De qualquer forma, sempre estive no meio das crianças, pois trabalhava com escola bíblicas na igreja onde era membro, e tinha um grupo no qual eu trabalhava com teatro, participando de congressos em vários lugares.
Novamente me despertou o desejo de voltar a estudar, foi quando me matriculei à noite para terminar o segundo grau, mas meu marido disse: ‘Para que estudar, para terminar lavando louça e cuidando de criança?’.Não dei ouvidos, disse a ele para cuidar dos filhos que eu ia estudar. Terminei meus estudos e fiz o vestibular para testar meus conhecimentos, pois havia bastante tempo que estava parado. E fui bem no Enem.
No dia em que era para fazer a prova , eu estava me separando, doente, com tosse sem parar, e fazia um vento frio, na verdade eu não iria mais fazer a prova, que era num domingo. No entanto, meu irmão do meio me disse que era para eu ir e ele me levou e me esperou até terminar, torcendo para eu ir bem. Depois de tempos veio o resultado e eu até que fui bem, com todos os problemas que estava enfrentando.
Passou um ano e um vizinho que estudava na Facos me perguntou porque eu não me inscrevia no Prouni, para concorrer uma bolsa de estudo e fazer uma faculdade, pois eu tinha direito, tinha feito a prova do Enem.
Nossa! Aquilo caiu como uma luva, novamente o meu sonho batendo na porta do meu coração. E foi o que fiz: fui na Facos e ele me encaminhou na biblioteca e lá uma querida professora fez minha inscrição. Era o último dia a chance era essa. Mas mesmo com a demora todos que estavam ali torciam para que desse certo de sair o número da inscrição. E, graças a Deus, a inscrição saiu na última hora de fechar a biblioteca, e fui para casa feliz com esperança de voltar e já fazer minha matricula em Pedagogia. Foi o que aconteceu: levei todos os meus documentos, pois tinha ganho 100% da bolsa.
Imagine a minha alegria de poder fazer algo que era um sonho e que agora se tornava uma realidade, pois Deus tem o controle em suas mãos e sabe exatamente a hora de agir em nossas vidas. Isto aconteceu num momento em que eu precisava voltar a acreditar em milagre, mas um milagre que sem a minha fé e ação jamais iria acontecer.
Tudo em nossa vida tem que reunir ação e vontade. Hoje estou no oitavo semestre e no ano que vem me formo, pois ainda ficou uma cadeira para concluir o curso.
Sonho pequeno com vários obstáculos, mas que foi possível concretizar. E digo mais: não desista de seus sonhos. Temos uma missão a cumprir nesta vida, não estamos aqui por acaso, mas sempre olhando para frente é que iremos enxergar uma luz de esperança e essa irá nos guiar para o nosso presente e futuro.
Hoje, olhando para o que já passei, posso dizer que quero continuar em frente e não parar por aqui, pois sei que TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALEÇE, que é DEUS.


Honória Angelita Rodrigues da Silveira

Minha vida: minha caminhada ...
















Meu nome é Joseane Beatriz Husmann Hochscheidt, nasci na cidade de Santa Cruz do Sul, no dia dezenove de julho de mil novecentos e oitenta e dois. Eu moro em Osório desde um ano de idade, sou casada há seis anos e meio, não tenho filhos mas futuramente pretendo ter. Antes de pensar na área da educação passei por outras profissões, mas nunca me sentia feliz.
Então, decedi fazer o curso de magistério. Com este, foi tudo de bom e logo que terminei, sonhava com a pedagogia, fiz vestibular mas não esparava passar, afinal, não tinha estudado, quando de repente, para minha surpresa, uma amiga minha me deu a notícia que eu tinha passado, então fui cursar Licenciatura Plena de Pedagogia na Faculdade Cenecista de Osório – FACOS. Hoje já estou concluindo o oitavo semestre e por um lado muito feliz e outro triste, mas sei que quando se fecham algumas portas outras também se abrem.
É maravilhoso concluir objetivos, sonhos e metas, ainda mais quando é o que gostamos e até mesmo somos apaixonados por isso. Posso afirmar que é um sentimento verdadeiro e único, como dizem filho de peixe, peixinho é, quero dizer minha mãe e meu pai também são professores, hoje já aposentados.
Meus pais estão muito felizes com minha escolha e eu mais que feliz realizada claro.
Considero-me uma pessoa extrovertida, alegre, responsável, por vezes perfeccionista demais e bastante nervosa também. Desde de pequena fui muito cobrada (digo no bom sentido – de não posso fazer isso ou aquilo, o que é certo e o que errado, estudar para aprender), “saber viver para ser feliz” era o ditado mais dito. Agradeço aos meus pais e familiares que me educaram, talvez se não fossem eles hoje não estaria onde estou, e agradeço ainda por todos professores que passaram pela minha vida durante esta longa e árdua caminhada. Com cada um aprendi, conheci e vivi momentos inesquecíveis, momentos que fizeram crescer como aluna, como pessoa e profissionalmente.
Por causa de todas essas pessoas fazerem parte da minha vida, hoje sou formanda dois mil e oito dois, e no dia dez de janeiro do ano de dois mil e nove, irá se realizar minha formatura com minhas inesquecíveis colegas e professores. Para mim, ser professora é ser especial, é um sonho realizado, é saber que aprendi para começar a ensinar com entusiasmo, senso de humor, ensinar com amor, carinho e dedicação.
Acredito que ser educador é ser apaixonado por sua profissão, por seu trabalho, tendo confiança em si, no seu aluno. Educador é quem busca recursos, luta e quer um novo paradigma para a educação. É vivenciando trocas e experiências que podemos nos tornar professores melhores, capazes de acreditar e sonhar.
Espero continuar na caminhada da vida, com a educação, fazer uma pós graduação, quem sabe um mestrado e futuramente um doutorado...
Vou buscar e lutar para conquistar meus sonhos, meus objetivos e ideais, não vou desistir, vou persistir e sonhar.
Termino esta postagem acreditando e dizendo para todos que:
Educação com coração é para professores capazes de amar, sonhar, ensinar e transformar.



Vida

De que que vale a vida
Se não nos emocionar
Se não tiver um objetivo, um sonho
Viver é fazer e ser vida
Viver é perder e conquistar
É saber aceitar e perdoar
É saber escutar, calar e falar
A vida é uma escola
Nos faz aprender e compreender
Conhecer para viver
Ela traz alegrias e tristezas
Angustias e incertezas
Nos faz refletir
Na vida nada é em vão
Nada acontece por acaso
Tudo na vida tem um sentido
Um significado, um destino
Viver é não chorar por ter terminado
Mas rir porque aconteceu
Viver é transformar
É sentir
É construir
Desconstruir e reconstruir
Viver é acreditar
É fazer cada momento, cada minuto
valer a pena, ser único
Simplesmente viver
Então não esqueça: Viva
A vida é o nosso presente
Não sabemos do amanhã
Faça dela um sonho...

Minha história de vida


Meu nome é Denise da Silva Oliveira, tenho 22 anos, estou estudando
na Faculdade Cenecista de Osório, localizada na cidade de Osório.
Estou no sexto semestre de pedagogia e quem me incentivou a estudar foi
minha mãe, que é uma pessoa maravilhosa
e que está sempre me apoiando nas horas dificeis.
Quando recebi a proposta de fazer minha autobiografia,
lembrei de dois aspectos que me levaram a ser professora hoje.
O primeiro foi da minha professora da pré-escola,
que sabia ensinar com paciência e compreensão, sempre levando
em conta o tempo de cada aluno.
O segundo aspecto foi o restante dos professores que apenas queriam
fazer nós engolir e decorar os conteúdos. Sendo assim o que aprendemos? Nada.
Sempre fui uma pessoa que tinha dificuldade de aprender os conteúdos, porém os
professores nunca tinham paciência de sentar do meu lado e ensinar
aquilo que eu não sabia, queriam apenas que eu decorasse sozinha.
Hoje faço estágio em uma escola de ensino fundamental, onde trabalho
com crianças de pré a 4º série, ensinando educação artística e educação
física e sempre que vejo algum aluno com dificuldade em alguma matéria tento ajudar
da maneira que posso.
Meu sonho é ter uma turma que seja minha, onde poderei ensinar, ser amiga e fazer tudo
diferente, pois o que não quero é que as crianças continuem com este mesmo ensino.
Acredito que o mais importante, segundo Rubens Alves é que:
" O aprendido é aquilo que fica depois que tudo foi esquecido."

Pedaços da minha vida






Meu nome é Paloma Lima, tenho 24 anos, estou estudando na Faculdade Cenecista de Osório no momento 2008/2. A faculdade é localizada na cidade de Osório/RS, onde resido.
Comecei estudar na faculdade no ano de 2003, onde me deparei com algo novo em minha vida. Senti muitos medos no começo, porque não tive incentivo pelos estudos, por conta própria fiz o vestibular (na época, paguei com meu dinheiro), mas não sabia direito se era esta profissão que eu iria exercer no futuro, eu estava muito insegura.
Agradeço a Deus, todos os dias, porque quando comecei a estudar consegui um emprego de carteira assinada, em que ainda atuo, que não é a área da educação, mas é o que me mantém até hoje.
Minha mãe me auxilia muito também, ela é uma pessoa admirável, amo ela de paixão. Foi ela quem me acolheu quando eu era pequena, pois sou adotada. A razão da minha vida é minha mãe, pois sei que sem ela eu não seria nada hoje, se ela não me adotasse, hoje eu poderia estar numa situação não agradável.
Observo que, ao cursar a faculdade todo este tempo, amadureci muito, aprendi muito, através dos meus estudos e a socialização com outras pessoas, de determinados grupos, tive uma outra visão de mundo que contribui para a minha vida profissional e particular.
Hoje minha área de atuação profissional é como auxiliar de dentista, uma experiência magnífica porque eu adoro o que eu faço, mas também sinto a necessidade de trabalhar na área da educação. Já tive experiências em escola, mas só nos estágios, o que hoje sinto a necessidade é de trabalhar na área da educação, para ver realmente se é esta a profissão que eu quero exercer.
Nos estágios, por mais que sejam de pouco tempo, já se percebe como é ser professor na sala de aula. A experiência que eu tive foi de muitas vezes um sabor agradável e adocicado, com muitos momentos de amargura.
Não é fácil o professor ir para uma sala de aula, explicar o conteúdo a ser trabalhado, porque cada criança aprende de um jeito e muitas vezes são trinta crianças para aprender. E quando as crianças querem aprender?!
Acredito que ser professor te exige muito, por que o momento que você socializa, com os outros sujeitos, você tem que aprender a lidar com os sujeitos, a conviver com os sujeitos no mesmo espaço e tempo.
O meu objetivo é exercer a profissão de ser professora atuar na aréa.
Concluo que passamos por muitos caminhos e etapas da vida, só dependem de nós escolhermos o caminho certo.

falando sobre mim





Fiz a pré-escola até a 3ª série em uma escola particular, Escola Nehyta Ramos. Na pré-escola tive uma professora que nunca irei esquecer, porque era uma pessoa maravilhosa, uma professora atenciosa, o nome dela era Evalda.
Da 4ª até a 8ª série, fiz em uma escola estadual , o General Osório. Uma coisa engraçada que eu me lembro de quando estudei no General, foi quando estava na 6ª série alguns colegas combinaram de matar aula e eu fui junto. Conseqüência: no dia seguinte fui chamada na sala da coordenadora levei aquele xixi e nunca mais matei aula.
O 2º grau também fiz em uma escola estadual: o Prudente de Moraes, porque a ultima coisa que eu queria era ser professora. Nesse tempo todo em que eu passei por três escolas, tive umas cinco amigas, nunca fui de muita conversa, não sou ate hoje, sempre me exclui. O porquê não sei, talvez por ser muito tímida, hoje em dia eu melhorei muito. Uma pessoa que me ajudou muito e que eu gosto muito é a minha amiga BINA, fomos apresentadas em uma concentração para a festa a fantasia, depois de muitos anos sem contato nos reencontramos aqui na Facos e pra variar quem puxou assunto foi a BINA e desde aquele dia estamos sempre juntas, ela é aquela amiga para todas as horas boas ou ruins.
Após terminar o 2º grau, fiquei meio ano parada, então resolvi fazer vestibular de inverno na facos, pensava em fazer administração, mas não tinha certeza do que queria fazer, daí meu pai me aconselhou a fazer pedagogia porque tem varias áreas que posso escolher. Então, resolvi arriscar, fiz vestibular para pedagogia e passei. No começo ficava meio perdida, me perguntando o que estou fazendo aqui? Fiquei um bom tempo perdida, até que comecei a me achar aos poucos. Às vezes sinto um pouco de insegurança, medo, ainda não decidi em que eu quero me especializar, mas pretendo terminar a graduação e continuar crescendo como professora, coordenadora, não sei bem ao certo ainda.
E não poderia esquecer de citar outras pessoas fundamentais em minha caminhada: meu pai Romeu, minha mãe Claudete, minha irmã Suziane e meu esposo Cristian, com quem estou há 3 anos e 7 meses, quero que saibam que eu os amo muitão.



SUIANA PREMOLI

sábado, 30 de agosto de 2008

O desafio de construir-me professora

Quem tiver curiosidade de saber um pouco mais sobre a professora, pode acessar o texto situado ao pé da página.
Aguardo comentários.

Cecy

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Minha história de vida

Meu nome é Priscila Sana, moro em Linha Padre Vieira no Caraá, estudei até o ensino fundamental lá mesmo, minha mãe me deu aula na 1ºsérie, eu reprovei - tive depressão por causa do nascimento de minha irmã. Já o ensino médio fiz aqui em Osório, na Rural, sempre fui muito agitada e bagunceira nunca prestei atenção.
Quando tinha 19 anos casei, fiquei morando ao lado da casa de minha mãe, parei de estudar, mas sempre quis voltar estudar, até que um dia tive a oportunidade de voltar a estudar - fazer o curso normal, aqui na Facos. Foi muito difícil, já que tive que alugar um apartamento com uma amiga e vim morar aqui deixando lá minha família e meu marido, era muito triste. Quando chegou o inverno ficou pior, todas as noites chegava molhada, até que meu pai disse que era para voltar a morar em casa. Então ele me trazia e me esperava até eu terminar, ele passou um ano assim.
O curso normal fez eu me apaixonar pela minha escolha, foi muito legal! Aprendi muito a prática, construir muito material utilizado agora na faculdade, as aulas procuravam nos ensinar a prática de ensino, as leitura eram na aula e após se construía material para a aprendizagem dos alunos. Um dia marcante: a professora de didática levou um documentário do Paulo Freire, mas nós não sabíamos quem era então todas as alunas saíram e não gostaram do mesmo, fiquei só eu e mais duas colegas. A professora enlouqueceu e disse que as meninas da pedagogia o adoravam, que era o mestre da educação e nós não dávamos valor, isso marcou muito. Após ela obrigou todas nós a ler o livro do Paulo Freire “Pedagogia da Autonomia”.
Desenvolvi meu estágio na escola na frente da minha casa, as professoras supervisoras foram me visitar me observaram e adoraram meu trabalho, assim me ajudaram a estar aqui hoje fazendo faculdade. Já estou no meu último ano de faculdade e escrevendo este trabalho me emociono, pois não me vejo fora do contexto escolar. Estou meio “louca”, minha vida é muito corrida, eu trabalho com uma turma de 3ºsérie (vivo por eles), cuido de minha casa e meu marido, faço seis disciplinas na faculdade, uma de estágio, prestei uma banca para poder me formar no final do ano.
Sou uma pessoa sensível, que gosto de andar rodeada de amigos, minha família é muito unida, meu pai é meu ídolo, meu marido não mede esforços para me ajudar a realizar meu sonho, meus alunos são pessoas muito especiais para mim. Nossa relação é de profunda amizade, onde os sentimentos e emoções fazem parte de nossa sala de aula no dia a dia.

PRISCILA SANA

Minha história de vida

Entrei na escola com 06 anos, onde eu estudava não havia pré-escola, os alunos entravam direto na 1° série, era uma escola que ficava na zona rural, pequena, e que não existe mais.
Nunca esqueci daquele local, as classes eram inteiras como um banco de igreja, sentávamos todos juntos.
Lembro do 1° dia de aula, que a professora passou a letra inicial de cada nome, para que nós enfeitássemos com bolinhas de papel crepom, e assim passaram 5 anos naquela escola, e eu nunca reprovei, na segunda série tive problemas com a professora, pois ela era muito brava, e tínhamos um tremendo medo. Um dia, amedrontada, não quis pedir para ir ao banheiro, e fiz xixi nas calças, todos riram, fiquei com vergonha e não queria mais ir para a escola.
A escola oferecia ensino somente até a 5° série, para continuar teria que me deslocar para outro município, que ficava uns 8 quilômetros do lugar onde eu morava, não havia transporte, a solução seria ir de bicicleta. Então meu pai achou melhor que eu parasse com os estudos por um tempo, e ficasse em casa ajudando a minha mãe. Eu chorava dia e noite, lembro-me do lugar onde me escondia para chorar, mas de nada adiantou o meu choro.
Só depois de muitos anos voltei a estudar, trabalhava durante o dia e fazia o supletivo a noite, então me formei no ensino fundamental e médio, logo após fiz o vestibular, comecei a faculdade e estou me formando.
Sei que foram muitos dias de sufoco, pois tive um ensino fraco, não fiz magistério, e fui aos poucos adquirindo conhecimento, e nunca reprovei. Levarei comigo vários conhecimentos que adquiri aqui na FACOS, e grande gratidão por professores que me ajudaram a chegar até aqui, e mágoas de alguns que não me compreenderam quando eu estava precisando em momentos difíceis da minha vida, mas aqui estou hoje contando a minha história de vida, a qual acredito ter sido ótima: amo o que faço, meus alunos são um pedaço de mim, graças a eles estou aqui.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Morro da Borússia

Minha alma tenta escalar o céu que tanto dista
lá no sem fim do espaço interminável e oco
eu subo da chapada ao vértice da crista
como a névoa que sobe e é nuvem pouco a pouco.

De cima da montanha espraio ao longe a vista,
de herege ou de pagão, de atribulado ou louco.
Este morro em Osório já foi jóia de ametista
e ante meu amor tudo isto ainda foi pouco.

Muchoqueiros em flor, desabrochando em cachos
flamejantes de luz aos borbotões de sangue
desfilam em filões desfiladeiro abaixo.

E eu só, coração abandonado e aflito
entre forças iguais me equilibro exangue
entre tu, flor da serra, e os astros do infinito.

Miltom Gonçalves Ferreira dos Santos

Minha vida pregressa de estudante

Quando me lembro das minhas primeiras idas à escola bate-me uma profunda tristeza. Era a muito custo e só acompanhado que decidia vencer as poucas quadras que distavam a escola da casa onde eu morava em Tramandaí.
Mas, como diz o ditado: nada é tão ruim que não possa piorar. Após a morte de meu pai fui mandado para um internato em Porto Alegre. Para mim, era um lugar horrível: à distância da família, os muros altos, as paredes frias, aliadas as sempre ríspidas imposições disciplinares daqueles que chamávamos “irmãos”, em nada contribuíam para desenvolver uma relação de prazer com minha estada ali.
É claro que, principalmente, naquela época, quando direitos humanos eram uma expressão pouco conhecida, eu não tinha escolha, havia de me submeter aos maus tratos para que estes não piorassem.
Ora, se tinha de me comportar, a melhor maneira era ficar quieto, estudando, lendo, pensando, sonhando.
Durante a minha estada, primeiramente, nesta escola, dos então chamados primário e ginásio, encontrei professores com os mais diversos comportamentos,(é importante lembrar aqui, que o número de professores homens, era, então, nos anos 70, maior do que é hoje). Devo destacar um deles, no entanto, por suas atitudes ríspidas e ameaçadoras. Sabedor que era das punições físicas a que éramos submetidos pelo “irmão” disciplinador , era com estas que nos transformavam em estátuas ouvintes. A aula dele, que era matemática, transcorria em um silêncio sepulcral.
Além destas circunstâncias, que alego pesarem em minha defesa, minha família considerava a educação escolar e o são estudo fundamentais para a felicidade no futuro, portanto, condições necessárias, até mesmo, para ser aceito em seu seio.
No que tange, entretanto, à ascensão social a partir do suporte escolar, salvo meu pai e minha irmã mais velha, todos os outros componentes, encontravam na vida a melhor “escola”.
Meu passado escolar relacionado com todos os valores (tão “sutilmente” impostos) citados acima, transformaram minha existência em uma eterna dúvida Sheakespereana: “To be or not to be?” Em decorrência disto e com a diminuição das minhas escolhas, com o passar do tempo, minhas opções passaram a ser resultado da total falta destas, e isto passou a ser tão válido para a escolha do cardápio, quanto o foi para a escolha da profissão.
Assim, quando decidi voltar a estudar, na falta de outra mais viável na ocasião, escolhi o magistério. Imaginei que meu pretenso acúmulo de conhecimento fosse competência suficiente para ensinar. Então, instigar a curiosidade dos alunos através de uma falsa superioridade cultural, representou para mim, tal como havia, para meus professores, uma forma interessante e exitosa de lecionar. É claro que logo percebi que se não os transformasse em estátuas ouvintes como faziam comigo, meus alunos teriam tanto a me ensinar quanto eu a eles.


MILTOM GONÇALVES FERREIRA DOS SANTOS

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Na escola... (ainda em preto e branco)

Meu nome é Gislaine Silveira Pereira e tenho 20 anos. Minha vida escolar começou no ano de 1993, aos 5 anos, quando entrei na pré-escola, na Escola Municipal Marechal Castelo Branco. Tenho poucas lembranças da minha pré-escola, mas me lembro muito dos trabalhos de pintura, que eu adorava, e também da minha formatura do pré. Na 1ª série, aos 6 anos, mudei para a Escola Municipal São Francisco de Assis, que ficava perto da minha casa (na frente). Nunca esqueço da minha professora da 1ª série, muito legal e divertida, que foi minha professora também no ano seguinte, na 2ª série, a professora Silvana. Com 8 anos, na 3ª série, tive uma professora estagiária, não lembro o nome dela, mas o nome da minha professora titular era Cleuza.

Na 4ª série, minha professora foi a Márcia, eu a adorava, ela era muita querida e atenciosa com todos. A lembrança mais marcante que tenho da 4ª série é que ganhei uma caneta de diversas cores por melhor leitura da sala, naquele dia fui muito feliz pra casa por causa da caneta. Na 5ª série, tive muitos professores, alguns eu ainda lembro, o Jerri de História e Geografia, a Cleuza de Ciências e Matemática, O Flávio de espanhol, e o restante me lembro das pessoas, mas não lembro o nome exato de cada uma. Na 6ª série, alguns professores ainda eram os mesmos, este ano de 1999, foi o ultimo ano em que estaria na escola São Francisco, pois na época, o ensino fundamental era incompleto. A 7ª e a 8ª série cursei na Escola Municipal General Luiz Dêntice. Foram os dois melhores anos assim, pois conheci muita gente nova, inclusive minhas melhores amigas hoje.

O Ensino Médio cursei na Escola Estadual Assis Brasil, foram 3 anos muito bons, e nos 3 anos sempre tive os mesmos colegas, a turma não mudou, e por esse motivo havia entrosamento entre a turma, união, respeito... Foi muito legal. Conclui o ensino Médio em 2004 e em 2005, aos 17 anos iniciei a faculdade. Até o 3º ano do ensino Médio não tinha idéia de que faculdade iria cursar, tinha muitas dúvidas quanto a profissão certa. Foi quando em uma saída a campo, para a Feira das Profissões que acontecia na Facos, me decidi por Pedagogia, foi tipo amor a primeira vista mesmo, as meninas que estavam falando sobre a Pedagogia na Feira, me mostraram que cursar Pedagogia vai muito alem de apenas cuidar ou dar aula para crianças. A partir deste momento comecei a ler sobre o curso e a me informar mais. Em dezembro de 2004 fiz o vestibular da Facos para Pedagogia e passei em 1º lugar. Fiquei muito feliz e disposta a entrar com o pé direito na faculdade. Hoje mais do que nunca percebi que realmente fiz a escolha certa, amo o que faço, e depois do meu estágio nas séries inicias vi que é muito prazeroso estar em sala de aula interagindo com os alunos.

Durante a faculdade reencontrei muitos professores do Ensino Fundamental, como em meus trabalhos de observação, que reencontrei a professora Márcia que continua a dar aula para a 4ª série, e foi na turma dela que realizei observação e monitoria. Alguns professores da 5ª e 6ª que continuam a lecionar na Escola São Francisco, a professora Cleuza que reencontrei na Escola Erineo Rapaki, onde realizei meu estágio, ela é a vice-diretora e me auxiliou bastante.

Sempre freqüentava assiduamente as aulas e só faltava por motivos como doença. Com os professores sempre me dei muito bem, meus professores sempre foram atenciosos e prestativos, desde a pré-escola. Nunca obtive uma nota vermelha, tirando sempre boas notas. Minha família sempre foi presente em minha vida escolar, participando sempre do meu desenvolvimento e se preocupando com minha aprendizagem, me incentivando sempre a estudar e me mostrando sempre a importância do estudo na vida de qualquer pessoa.

Hoje, concluindo a faculdade, sendo este meu penúltimo semestre, percebo que nada foi em vão, que como foram importante essas etapas, alcançadas no decorrer da minha vida, desde a pré-escola. Se não fossem elas, não estaria aqui hoje, até para o desenvolvimento de meu conhecimento enquanto acadêmica, tendo como minha própria experiência de vida para a construção de minhas reflexões, meus anos como aluna. É muito importante que enquanto pedagogas aproveitemos ao máximo os momento com os alunos, para que saibam a importância de aprender e estudar e mais ainda a importância da família estar presente nesse desenvolvimento da criança.

Gislaine Silveira Pereira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

HISTÓRIA DE VIDA

Lembro-me que adorava acordar cedo para ir a escola, lembranças das atividades propostas pela professora que chamava Marni no chamado prézinho, enrolar papel crepom para colar nos trabalhos, as primeiras letras do alfabeto. Era uma das únicas que já sabia escrever o nome, adorava livrinhos infantis, ficar imaginando e de certa forma “lendo” as figuras e dando um enredo para a história. A professora sempre dizia: - senta, larga os livros, ainda não está na hora, dizia ela, nem um pouco contente com a minha teimosia, mas eu sempre repetia a mesma coisa, adorava estar ao redor dos livros.
A 1° série foi de trágicos acontecimentos, a professora era a verdadeira bruxa, colocava-nos a cheirar o quadro, e lá ficávamos por 10,15 minutos, uma mal amada. Os acontecimentos ficaram gravados, e eu que adorava a escola, simplesmente me negava a ir para ela. Somente após eu ter me machucado e passado a aula inteira com a cabeça cortada, sangrando, minha mãe procurou os meus direitos e me mudou de turma.
Nunca vou ser igual ela. Acredito que as más lembranças são as piores coisas que um professor deve esperar de um aluno. Quem ama a profissão é carismático e até um pouco solidário.
Já na 2° série é pertinente notar que sempre me lembro da querida professora Evalda, entrando na sala de aula vagarosamente e sempre com palavras doces. Como era gostoso sentir que poderíamos contar com ela nas dificuldades! Fiquei conhecida como violeta, pois como ela adorava esta flor sempre minha mãe mandava uma pra ela. Infelizmente, há pouco tempo perdemos a professora, sinto-me triste, pois com certeza ela faz falta enorme na escola. O cortejo era quase todo de antigos alunos, demonstrando assim a ótima professora que foi durante sua vida, exercendo a profissão e deixando alunos que a estimaram e a lembraram por toda vida.
Olhando as professoras em sala de aula, juro que pensava; “Como alguém pode querer exercer esta profissão? Jamais vou ser professora!”, mas logo que chegava em casa, ainda pequenina colocava os cadernos em baixo do braço e ia brincar na casinha que tínhamos no fundo, e nela brincava de ser professora com os meus aluninhos imaginários. Mas mesmo assim, continuava pensando que ser professora era para louco e, hoje, olha onde estou: encantada com a profissão que eu detestava!
Minha mãe e meu pai sempre se mostraram preocupados com a minha educação e com a de meus irmãos, incentivando durante todo percurso escolar e até hoje para que tenhamos boa formação. Apesar deles não ter nem acabado o Ensino Fundamental, liam cotidianamente, e nós vivemos em um ambiente “letrado”, o pouco que sabiam nos ensinavam e o que não sabiam buscavam para nos ajudar.
Meu pai é e sempre foi o precursor, aquele que estimula diariamente para nossos estudos, que ajuda, que busca, realmente me orgulho dele, pois procura ver em nós um caminho que ele não conseguiu seguir por todas as dificuldades que passou.
E é claro acredito que, para todos, a escola é a oportunidade de um futuro melhor, acredito que não só minha vida escolar interferiu em minha decisão, como também o apoio de meus pais. Hoje, em nossa família, quase todos os meus primos são professores e acredito que essa nova geração também serviu de incentivo para minha escolha, e o que sei é que meu amor pela Pedagogia é cada vez maior. Espero me formar, ser uma boa profissional, e não parar por aí: Continuar buscando e me aprimorando, e é isso que vejo nos meus professores do curso, estão sempre procurando descobrir cada vez mais, para nos ensinar cada vez melhor.

Daiane Cardoso dos Santos

sábado, 14 de junho de 2008

DE “LATA” A FUTURA PEDAGOGA



Quando fui instigada a falar sobre o tempo vivido na escola, me veio no pensamento muitas coisas boas.

Até os meus 14 anos morei em Porto Alegre, estudei sempre na mesma escola e lá fiz grandes amigos. Todo mundo se conhecia, os pais participavam ativamente de tudo o que acontecia. Gostava da merenda das tias, de ir á biblioteca, do recreio, das conversas, enfim, gostava de freqüentá-la porque fazia por prazer. Depois vim morar em Capão da Canoa e cursei o ensino médio, pensei que teria dificuldades, porém logo me entrosei com a turma e com outras pessoas, éramos e até hoje somos muito ligados, apesar da distância, pois cada um seguiu a sua vida.

Os professores das duas escolas, no geral, eram maravilhosos, tirando um e outro, afinal ninguém é perfeito. Nunca vou me esquecer da professora que me alfabetizou e da primeira palavra que aprendi a ler que foi “lata”.

Os meus pais sempre foram os meus maiores incentivadores, porque acham que o estudo é a base de tudo e por isso desde crianças me ajudavam e apoiavam. Com os demais familiares acontecia a mesma coisa, pois ficavam maravilhados com o capricho, o entusiasmo e esforço que eu tinha em relação aos estudos. E também não gostava de faltar aula, quando isso tinha que acontecer, chegava a ficar doente.

A escolha da minha profissão se deu porque tive uma base muita boa nessas escolas, e a maioria dos professores passaram por mim e deixaram marcas positivas para poder seguir a profissão que escolhi. Outro fator que contribuiu foi porque amo crianças e espero cumprir minha missão de ser uma ótima educadora, poder colaborar com o seu presente e seu futuro.


Ironita Fernanda Jesien

minha vida acadêmica

Iniciei minha vida acadêmica no Jardim, em uma escola Estadual de minha cidade Stº Antônio da Patrulha. Sempre tive muita vontade de ir para escola, e gostava muito de ir para lá.
Lembro-me muito bem das brincadeiras dos quatro cantos, da pia baixinha no canto da sala para lavar as mãos, do dia em que estava comento lanche e escrevendo no quadro, quando mordi o giz ao invez da comida, entre muitas coisas boas.
Na primeira vez que fiz a primeira série não foi tão legal assim, pois hoje vejo que eu tinha ciúmes da professora, com razão até, porque esta "puxava o saco" de uma única colega, pedindo sempre para tirar os moldes de suas roupas para que ela pudesse fazer para sua filha igual, bom, isso me incomodava. Assim, um dia entregueI uma atividade que eu não havia feito, por que não conseguia realizar e ela não me dava atenção para me ajudar, foi quando eu escrevi em letras bem pequena: Professora chata, feia, burra.... e ao entregar a atividade procurei para apagar e não encontrei o que eu havia escrito, e entreguei. A primeira coisa que ela encontrou na folhinha mimeografada foi o que eu não queria, então em voz alta ela mandou que eu lesse para a turma o que eu havia escrito, claro que eu como toda a turma ficou em silêncio, então ela própria leu e após me disse o seguinte: fazer a atividade tu não consegue, mas escrever professora com dois “s” tu sabe, e logo completou dizendo: tu vai sentar na última classe da fileira do meio.
Quando minha mãe veio me buscar na escola como de costume, lá estava eu no portão a esperá-la, e claro que não contei nada, mas uma colega resolveu fazer por mim. Minha mãe ficou brava comigo e me fez pedir desculpas para a professora, fiz isso chorando de raiva, porque sabia que não devia desculpas a ela, mas minha mãe era a favor da professora, sempre.
No final do ano a professora chamou minha mãe, para saber dela se queria que eu passasse, mas argumentava que eu estava fraca em relação aos outros, mas que estava nas mãos da minha mãe eu passar ou reprovar, foi quando a mãe resolveu que eu deveria reprovar, assim eu repeti a primeira série o que, por sinal, foi ótimo, eu apenas ajudava os colegas e a professora era um amor de pessoa, e por conhecidência tinha o mesmo nome da minha avó.
A partir daí só fiquei uma vez de recuperação até hoje, sempre fui dedicada, chegava em casa e a primeira coisa que eu fazia eram os temas, e seguia brincando de escolinha. Nas séries seguintes sempre participei de teatros, apresentações de dança, jogos, desfiles, etc.
Muitas coisas ficam marcadas como quando eu sempre ia buscar a merenda para os meus colegas e ao esperar as merendeiras arrumarem a comida, elas sabendo que eu não comia, me davam bolacha Maria de chocolate para comer. Sem contar que eu usava mais o banheiro dos professores do que o destinados para os alunos e que eu e uma amiga tirávamos o recreio da professora do pré, cuidávamos da turma, entre muitas outras coisas.
Foi nos últimos anos em que fiquei nessa escola, que começou a surgir o interesse pelos meninos e o primeiro amor.
Tive então que ir para uma escola particular, maior que a minha, para poder fazer magistério. Embora gostasse minha mãe era a maior incentivadora (mandava que eu fosse, não tinha escolha), eu a princípio não gostava da idéia porque não gostava do colégio, mas adorei o curso embora tenha muito chorado, me descabelado, mas hoje eu vejo que valeu a pena.
Ao terminar o magistério já me preocupava com a faculdade, pois tinha medo de me perder, embora morasse bem perto de Osório só conhecia a Ulbra e a Unisinos que são enormes, então acabei por vir parar aqui na Facos que era mais próxima da minha cidade, o custo era menor. Vim para a Facos com muitas expectativas e estas não foram todas supridas, espero me formar em 2010 e seguir numa pós.
Hoje em dia já trabalho com a educação infantil e procuro fazer o máximo possível para dar atenção a todos e estabelecer um relacionamento amigável de cumplicidade, pois sei o quanto à afeição o carinho são importantes no desenvolvimento de uma criança, e o quanto às coisas marcam.

CÍNTIA ANDRADE

Minha Vida Escolar

Minha trajetória escolar iniciou-se no ano de 1991. Quando entrei para a pré-escola. Estudei os oito primeiros anos na Escola Estadual de Ensino Fundamental Pe. Luis Fischer, em Palmares do Sul, RS. A escola fica perto de minha casa, então era mais cômodo para minha mãe que tinha que deixar meu pai doente sozinho em casa para me levar para a escola.
Tenho muitas recordações boas daquela época, talvez por isso tenha escolhida a profissão de educadora. Lembro-me da primeira professora, a prof. Deise, que me acompanhou na pré-escola e primeira série. Gostava muito de estudar e de ir para a escola, até porque era muito sozinha, tinha apenas um primo para brincar comigo, então amava ir para escola e conviver com os colegas. Entretanto sempre fui muito tímida enquanto criança.

Uma situação que me marcou bastante que lembro até hoje foi da minha primeira prova, pois não me recordo de como foi minha alfabetização, como iniciei a escrita e leitura, mas acredito que não foi ruim, quanto à prova, estava muito nervosa, achava que iria ser horrível, fiquei com medo, mas quando terminei, achei fácil e fui pra casa dizendo o que achava ter acertado... Então, como já citei, estudei os oito anos nesta escola. Lá pela sétima série comecei a ficar meio “rebelde”, coisa de adolescente acredito, mas quando ao ensino foi tudo tranqüilo, quando falo de rebelde acho que exagerei, apenas a timidez deu uma trégua e agora meus boletins vinham mandando conversar menos.
O primeiro ano do ensino médio cursei na Escola Professor Albano Alves Pereira, também em Palmares. Adorava minha turma, éramos parceiros para tudo, nos ajudávamos nas disciplinas, combinávamos de matar aula, essas coisa do tipo.
Em 2001, comecei a estudar no Marquês, em Osório, para cursar o magistério, no inicio fiquei um pouco perdida, pois, eu não tinha contato com as meninas que estudavam aqui, mesmo morando na mesma cidade, no caso Palmares do Sul, mas depois tudo se ajeitou, algumas tenho contato até hoje. No Marquês foi muito bom, aprendi muitas coisas, e tive a certeza que estava no caminho certo, em relação à profissão. Pois adorava os estágios, apesar de trabalhosos, porque tínhamos que encher de bichinhos, “frescurinhas”, como dizem, e praticamente todos os dias tinha um trabalho para fazer, para apresentar, era muito gostoso. E também me ajudou a me posicionar frente aos outros, pois apesar de ter melhorado na questão da timidez, ainda tinha e tenho a até hoje um déficit. Lembro do meu primeiro estágio, digo era um pré-estagio, como chamávamos, voltei na primeira escola em que fui alfabetizada, no Fischer, escolhi uma primeira série, lembro que meu projeto era sobre higiene, foi muito legal. Hoje eles estão na oitava série se não me engano... Mas o estágio que me deu dores de cabeça foi o estágio “grande” mesmo, nossa, esse sim, era com uma quarta série, os alunos da pá virada como se diz, também uma turma do Fischer, apesar de ter o apoio das professoras de lá e da direção, no começo foi muito difícil, eles viviam brigando, fazendo fofocas, a conversa então... Mas no final foi tudo bem, acho que nós, professores, e os próprios alunos necessitam de um tempo para se acostumar uns com os outros. Acredito que eles pegaram meu ritmo de trabalho assim como eu o deles. E no final a aluna que mais incomodava foi um dos destaques no aprendizado, a turma era bem problemática, alunos bastante carentes, com problemas familiares, filhos únicos que pareciam cristais, que tinha que ter muito jeito para falar, alguns que de uma hora para outra meio que enlouqueciam e jogava tudo o que tinham pela frente nos colegas.
Tudo isso foi como uma prova de fogo para mim, que apesar do preparo dos meus professores, dos conteúdos e métodos, assim como da escola de estágio, tive que passar e arrumar uma maneira de fazer dar certo, e de forma alguma me arrependo, pois muitos dos alunos até hoje passam por mim, agora já maiores e me cumprimentar com um sorriso nos lábios. Tenho certeza que alguma coisa ficou nestes seis meses de estágio. E com certeza para minha formação foi de muita importância.

Terminei o curso normal em 2003, com este estágio. Em 2004, tentei vestibular para pedagogia na FACOS, passei e hoje estou aqui, descrevendo um pouco de minha vida escolar. Hoje, trabalho em uma escola municipal, em um município vizinho a minha cidade, tenho uma turma de alfabetização, primeiro ano, no ensino de nove anos, com treze alunos. Faz um mês e alguns dias que assumi, mas já estou pegando o jeito de cada um deles. Também espero que eles tenham boas lembranças de mim, assim como tenho da minha professora de alfabetização. As vezes fico meio frustrada e preocupada quando me dou conta que tenho que alfabetizá-los, tenho medo de falhar, apesar de saber que em algum momento isso vai acontecer. Mas estou muito feliz de estar com eles, e de fazer parte da vida de cada um.
Adriana Cardoso de Aguiar

sábado, 31 de maio de 2008

Minha História



As lembranças que tenho do tempo de escola são de que aprendi muitas coisas, fiz muitas amizades, adorava as tias da cozinha. Às vezes fazia da ida para a escola um martírio, para poder ser alguém na vida, pois sabia que precisava ter no mínimo o segundo grau completo. Às vezes até que esta ida era porque gostava, pois tinha alguns professores maravilhosos, porém outros nos chamavam de burro, entre outros adjetivos e esses eram exatamente professores das matérias que não dominava. Sempre detonei este tipo de comportamento, mas nessa época não era muito clara a vontade de ser professora. Por isso, eu ainda não me colocava no lugar nem me autorizava a dizer que queria ser assim ou assado.
Na minha família, meus pais pouco, sabíamos que teríamos que estudar. Caso chegasse num certo período e não quiséssemos mais estudar, eles até concordariam, mesmo não sendo do gosto deles, pois tinham um lema: “Quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. Você pode até parar, mas lá na frente é que vamos ver que deveríamos estudar, ainda mais quando se pára para casar ou algo parecido.
Assim, a escola se torna uma condição clara de sobrevivência para o ser humano, porque se pensar, cada vez mais está difícil a condição de vida. Quanto mais se estuda, difícil é a entrada no mercado de trabalho, por ter um alto nível e, assim, certos tipos de trabalho não lhe admitem para não desvalorizá-lo. Por outro lado, quanto menos se estuda menos oportunidade se tem, ou se trabalha anos e anos num determinado trabalho e você vai se qualificando e os anos vão passando e você continua lá na mesma posição.
Neste mesmo ponto de vista, a escola continua sendo um meio ascendente principalmente quando se vem de uma família que estudou pouco e você consegue entrar numa faculdade. Acabamos nos tornando um troféu, porque para eles seria um sonho distante e seria o melhor meio de ter uma vida melhor da que eles tiveram.
Por isto também é que ocorre muito as mudanças de cursos, muitas vezes as pessoas não sabem o que querem ao entrar na faculdade. Foi mais ou menos assim que aconteceu comigo: não me lembro de ter tido algum mestre que realmente me levasse a este caminho e fui descartando aquilo que não gostava, então sobrou geografia e pedagogia. Ao fazer a inscrição do vestibular escolhi em primeiro a pedagogia, passei - e agora? - não sabia de nada, caí num caldeirão e logo comecei a trabalhar com a educação infantil. Tudo o que aprendi foi aos trancos e barrancos,e as vezes paro para pensar: será mesmo isto que eu quero? Penso em parar, mas agora não posso, será que faço certo ou errado, dúvidas que surgem porque na verdade como eles te colocam na sala de aula de supetão... Você faz aquilo que vê e, até você começar a moldar o seu próprio jeito, a sua própria maneira de dar aula, tem um longo caminho.
Muitas vezes me decepciono, fico muito triste, porque a construção da minha carreira docente foi sendo construída como uma avalanche e até agora trabalho como estagiária, que muitas vezes este estágio não serve para ter experiência, ele torna-se desastroso, cansativo, quase um trabalho escravo e disto algo eu já percebi: EU NÃO GOSTO MAIS DE TRABALHAR NA EDUCAÇAO INFANTIL. Trabalho, hoje, porque preciso.
Recorro a polígrafos, peço ajuda para não tornar massacrante o meu trabalho e devagar vou mudando aqui, ali.Com tudo isto também já percebi que gosto do ensino básico mas, na verdade, eu ainda me pergunto: porque escolhi esta profissão?Eu ainda não encontrei a resposta, talvez encontrarei...só tenho uma certeza:o carinho que as crianças te passam é maravilhoso, os adolescentes também, mas para isto é preciso que estejam de acordo com você.
Muitas dúvidas, medo, inseguranças vão nos rodear, mas um dia acredito que encontrarei a resposta e serei recompensada.

Luciana Silva da Rosa

Experiência que traz experiência


Provocada a buscar lembranças que tenho dos tempos vividos em escola, a primeira imagem que lembrei foi da minha primeira professora, calma, com paciência para atender as dificuldades de crianças, pequenas e ávidas para descobrir o que realmente era saber ler e escrever. A escola para mim sempre foi motivo de alegria, sempre tive prazer em estudar, por esse motivo que escolhi a profissão do magistério.
Quando eu estava terminando o segundo grau, já adulta, outro professor que também me motivou na minha escolha foi um professor de física. Ele sabia como despertar a curiosidade e vontade de conhecer o que estava sendo aprendido. Apesar da disciplina ser muito complicada aos olhos de muitos, nós não só aprendíamos como também mantínhamos um vínculo de amizade, que facilitou muito o processo de construção de conhecimento.
Com as aprendizagens que estou obtendo na faculdade e as lembranças que trago comigo dos exemplos vividos na escola, um fator de suma importância que se formou na minha construção de pedagoga, é sempre me preocupar em como o aluno aprende, as suas necessidades e vontades, estar atenta ao que estou ensinando para saber se estou atendendo aos desejos e anseios que as crianças, principalmente as pequenas, necessitam saber.


mari tersinha panni de borba

Entrando Sala fria

Lembro-me de uma sala fria, e que aos poucos foi se tornando aconchegante, os estranhos passaram a ser amigos, o difícil passou a ser mais fácil, o medo do erro deu lugar à satisfação do acerto, e abrindo espaço para busca de saber mais e mais. Todo novo ano era assim, nos primeiros dias, até meses, para me reconhecer naquele lugar e estipulá-lo como minha segunda casa, era uma sala fria.
No decorrer destes anos tive vários professores, no entanto, mestres tive apenas dois, cada um em sua individualidade, que me marcaram ate os dias de hoje. Um deles, o professor Alexandre, da disciplina de química, pois diante da dificuldade da turma ele criou músicas para facilitar nossa aprendizagem; meu outro mestre, a professora Ena, da disciplina de biologia, seu nome não me recordo, porque era assim que a chamávamos, ela fez com que nos respeitássemos uns aos outros estabeleceu uma relação de amizade entre a turma.
Meus mestres, cada uma na sua individualidade, um buscando métodos capazes de satisfazer as necessidades dos alunos e outro na valorização do sujeito, ajudam hoje a me construir como profissional e principalmente aprendiz.


Ariele Piol de Oliveira

Minha trajetória escolar

Tive muitas dificuldades no aprendizado, porque meus pais tinham pouco estudo e assim dificultava ao me ajudar.Lembro que uma de minhas professoras, de séries iniciais, gritava muito com os alunos e isso me amedrontava, onde surgiu o receio de pedir ajuda no aprendizado.
Na época, os estudos eram caros, porque os professores exigiam que comprassem livros, então meus irmãos não puderam concluir seus estudos. Eu fui a única privilegiada.
Nasci numa época que as escolas já forneciam os livros e a situação financeira de minha família estava se estabilizando. Quando concluí o ensino fundamental, não queria fazer magistério, porque o meu sonho era estudar à noite.
Nesta época, meu pai não estava mais entre nós, e estar cursando o magistério, teria um custo.Então passei pela prova psicológica e iniciei o magistério buscando recursos através de “bicos” (fazia faxinas, descascava camarão e siri).
Hoje agradeço à minha mãe por ter insistido e de ter se esforçado para me ajudar a concluir o ensino médio.A experiência que vivenciei em sala de aula no meu estágio, me fez amadurecer e será inesquecível.


SIMONE FRANCISCA LEANDRO

Ser um Professor.......
















Desde pequenina, adorava cuidar de crianças. Apresento-lhes a 1ª turma. Lembro bem deste dia, preparação para festa junina. Esta turma é de Berçário II, da Escola de Educação Infantil Cantinho da Alegria.
Sinto tanta saudade deles.... Nós tinhamos uma aprendizagem fantástica, aprendiamos e brincávamos sempre juntos. Todos são muito inteligentes, a prendizagem o desenvolvimento cognitivo, era tudo maravilhos!!! Se eu pudesse voltaria para lá.
"Quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica"NEGRINE (1994:20).
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade "(Vygotsky, 1998).
Ândrea Juliana Lucho

Boas lembranças

Lembro-me de bons momentos na escola. Uns tristes, outros nem tanto, mas que sobremaneira me fazem lembrar da escola como um local singular. Estar na escola significava estar ao mesmo tempo em casa por ser um ambinete sadio em que transitava muita amizade. Somos sempre estudantes. Deixei a escola fui para outro e hoje estou em outra; muda-se de nível, mas a arte de aprender é constante. Ser aluno de uma escola seja qual for é ser ao mesmo tempo um colaborador, como numa empresa, onde somo sinstigados a mudá-la, a agir, a ser e a aprender.
Ter uma relaçã com a escola é conseqüência de uma interação diária e sadia pelos seus ambientes. Nunca deixei de ir por obrigação. Ir a escola era, e ainda é, estabelecer um vinculo com nossa casa. Sempre fiz da escola um local onde eu era um dos sócios.
Os professores, sim, faziam a diferença. Alguns fizeram com eu odiasse a matemática, outro tornaram a química maravilhosa, outros (re) criaram as aulas de portugues, enfim, existia em nossa pequena visão de mundo o “bom” e o “mau” professor, mas quem o modelava eramos nós. Faziamos bagunça, aprontavamos mesmo, mas sabiam o mento certo de parar e prestar atenção ao que o professor dizia. Muitos diziam, é diziam, os conteúdos nos faziam escrever sem parar até cansar, outros olhavam constatemente nossos cadernos para conferir grafia bonita, organização, coisas que não modificava muito o meu aprender, mas outros dominavam o assunto, nos faziam adentrar no conteúdo e nos sentir o mundo novo nos reluzia aos olhos.
A época, meus pais tinham um bom relacionamento com os professores. Quando meu pai faleceu, uma delas, da minha terceira série em 1989, esteve lá, nunca imaginei que ela iria lembrar de nós, mas lembrou. Outros eduadores ficaram na lembrança, outro nem na memória. Existem aqueles que já s foram e que nos trazem saudades que não tinham relacionamento com nossa familia, mas que na escola éramos uma familia.
Um futuro melhor? Não sei se a escola me proporcionou isto. Sabe por que? Era dificil tanto para nós reverter como para os professores atribuir valor significativo aos seus conteúdos. Simplesmente eles nos abarrotavam de matérias, muitas vezes vazias, e que não consegui ver um horizonte, somente montanhas.
Se for professor procurarei ser ou atuar como alguns agiram. Os que não atribuiam laços não são dignos de serem citados, mas vou citar alguns: na pré-escola em 1986 a profª Betinha no Prudente de Moraes, em 1989 na 3ª, a Iró, na 6ª de Ciências, Guacira; na 8ª, profº Davi Fleck (in memoriam); no segundo grau em 1999, Física, o profº Paulinho.

Fernando Trindade Costa

MINHA HISTÓRIA

"Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar..."

Chico Buarque de Holanda

autobiografia

"a nossa matéria são as 'pedras vivas', as pessoas, porque neste campo os verbos conjugam-se nas suas formas transitivas e pronominais: formar é formar-se" Antônio Nóvoa

Somos professora e alunos/as do Curso de Pedagogia da CNEC/Osório, companheiros na disciplina: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: Magistério.
Nesta disciplina discute-se a formação de professores em nível médio - legislação, bases epistemológicas, idéias pedagógicas, saberes docentes e o papel da autobiografia como elemento de formação. Também objetiva-se construir um mapeamento da formação de professores em nível médio na região do Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Este blog vai registrar parte da nossa trajetória coletiva, desenvolvida no primeiro semestre de 2008.