sábado, 14 de junho de 2008

minha vida acadêmica

Iniciei minha vida acadêmica no Jardim, em uma escola Estadual de minha cidade Stº Antônio da Patrulha. Sempre tive muita vontade de ir para escola, e gostava muito de ir para lá.
Lembro-me muito bem das brincadeiras dos quatro cantos, da pia baixinha no canto da sala para lavar as mãos, do dia em que estava comento lanche e escrevendo no quadro, quando mordi o giz ao invez da comida, entre muitas coisas boas.
Na primeira vez que fiz a primeira série não foi tão legal assim, pois hoje vejo que eu tinha ciúmes da professora, com razão até, porque esta "puxava o saco" de uma única colega, pedindo sempre para tirar os moldes de suas roupas para que ela pudesse fazer para sua filha igual, bom, isso me incomodava. Assim, um dia entregueI uma atividade que eu não havia feito, por que não conseguia realizar e ela não me dava atenção para me ajudar, foi quando eu escrevi em letras bem pequena: Professora chata, feia, burra.... e ao entregar a atividade procurei para apagar e não encontrei o que eu havia escrito, e entreguei. A primeira coisa que ela encontrou na folhinha mimeografada foi o que eu não queria, então em voz alta ela mandou que eu lesse para a turma o que eu havia escrito, claro que eu como toda a turma ficou em silêncio, então ela própria leu e após me disse o seguinte: fazer a atividade tu não consegue, mas escrever professora com dois “s” tu sabe, e logo completou dizendo: tu vai sentar na última classe da fileira do meio.
Quando minha mãe veio me buscar na escola como de costume, lá estava eu no portão a esperá-la, e claro que não contei nada, mas uma colega resolveu fazer por mim. Minha mãe ficou brava comigo e me fez pedir desculpas para a professora, fiz isso chorando de raiva, porque sabia que não devia desculpas a ela, mas minha mãe era a favor da professora, sempre.
No final do ano a professora chamou minha mãe, para saber dela se queria que eu passasse, mas argumentava que eu estava fraca em relação aos outros, mas que estava nas mãos da minha mãe eu passar ou reprovar, foi quando a mãe resolveu que eu deveria reprovar, assim eu repeti a primeira série o que, por sinal, foi ótimo, eu apenas ajudava os colegas e a professora era um amor de pessoa, e por conhecidência tinha o mesmo nome da minha avó.
A partir daí só fiquei uma vez de recuperação até hoje, sempre fui dedicada, chegava em casa e a primeira coisa que eu fazia eram os temas, e seguia brincando de escolinha. Nas séries seguintes sempre participei de teatros, apresentações de dança, jogos, desfiles, etc.
Muitas coisas ficam marcadas como quando eu sempre ia buscar a merenda para os meus colegas e ao esperar as merendeiras arrumarem a comida, elas sabendo que eu não comia, me davam bolacha Maria de chocolate para comer. Sem contar que eu usava mais o banheiro dos professores do que o destinados para os alunos e que eu e uma amiga tirávamos o recreio da professora do pré, cuidávamos da turma, entre muitas outras coisas.
Foi nos últimos anos em que fiquei nessa escola, que começou a surgir o interesse pelos meninos e o primeiro amor.
Tive então que ir para uma escola particular, maior que a minha, para poder fazer magistério. Embora gostasse minha mãe era a maior incentivadora (mandava que eu fosse, não tinha escolha), eu a princípio não gostava da idéia porque não gostava do colégio, mas adorei o curso embora tenha muito chorado, me descabelado, mas hoje eu vejo que valeu a pena.
Ao terminar o magistério já me preocupava com a faculdade, pois tinha medo de me perder, embora morasse bem perto de Osório só conhecia a Ulbra e a Unisinos que são enormes, então acabei por vir parar aqui na Facos que era mais próxima da minha cidade, o custo era menor. Vim para a Facos com muitas expectativas e estas não foram todas supridas, espero me formar em 2010 e seguir numa pós.
Hoje em dia já trabalho com a educação infantil e procuro fazer o máximo possível para dar atenção a todos e estabelecer um relacionamento amigável de cumplicidade, pois sei o quanto à afeição o carinho são importantes no desenvolvimento de uma criança, e o quanto às coisas marcam.

CÍNTIA ANDRADE

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