terça-feira, 1 de julho de 2008

Morro da Borússia

Minha alma tenta escalar o céu que tanto dista
lá no sem fim do espaço interminável e oco
eu subo da chapada ao vértice da crista
como a névoa que sobe e é nuvem pouco a pouco.

De cima da montanha espraio ao longe a vista,
de herege ou de pagão, de atribulado ou louco.
Este morro em Osório já foi jóia de ametista
e ante meu amor tudo isto ainda foi pouco.

Muchoqueiros em flor, desabrochando em cachos
flamejantes de luz aos borbotões de sangue
desfilam em filões desfiladeiro abaixo.

E eu só, coração abandonado e aflito
entre forças iguais me equilibro exangue
entre tu, flor da serra, e os astros do infinito.

Miltom Gonçalves Ferreira dos Santos

2 comentários:

Unknown disse...

2Parabéns MILTON VC é um poeta ...continue escrevendo encantando a todos com seus poemas.
bjus valdirene ped

Anônimo disse...

adorei teu poema, muito lindo!!! mostra pra prof. Cristina, ela quer escrever um livro e tá juntando poesias.