sexta-feira, 2 de julho de 2010

VIDA

Nasci em Porto Alegre/RS, lá morei por 20 anos.
Logo na 1ª série do ensino fundamental, senti que não era fácil estudar naquela escola, a professora uma pessoa muito possessiva, e arrogante, tratava os alunos como bichos, quando chamava atenção era com apagador voando em nossas cabeças. Essa realidade durou tempo e marcou muito.
Hoje vejo que ele não era uma pessoa bem resolvida, provavelmente tinha problemas pessoais que iam junto para sala de aula.
Em minha vida acadêmica e minhas conquistas pessoais tenho uma visão diferente de ser professora, procuro quando estou em sala de aula que meus problemas fiquem do lado de fora da sala. Tento colocar em pratica o que nos foi passado em longos anos de faculdade.
Estou me formando em 2010/2, saio com uma farta bagagem de conhecimento, que pretendo utiliza-los assim que possível tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
Estou grávida de 33 semanas, do primogênito, esta experiência da maternidade esta sendo muito especial. Os sentimentos se confundem, as vezes você nem se reconhece, tudo esta mudando as noites são mais tumultuadas, você levanta mais vezes nas noites, se sente bem mais cansada, mas é gratificante a sensação daquele ser que esta dentro de voçê responder ao som de sua voz ao toque de seu carinho, ele é seu neste momento. AMO MEU PEQUENO PRINCÍPE!


TATIANE SILVA

sexta-feira, 11 de junho de 2010

MINHA HISTÓRIA

Desde criança convivi no meio dos estudos, minha mãe merendeira de uma escola, minha tia que morava comigo fazia o magistério. Quando não tinha com quem ficar em casa eu ia com minha mãe para a escola, lá eu era convidada pelas professoras para ficar em sala de aula com as turmas. Como eu ainda não lia nem escrevia as professoras me passavam atividades de acordo com meu conhecimento. Chegava em casa minha tia sempre fazendo trabalhos reunia– se com as colegas lá em casa para estudarem, eu muito curiosa queria saber o que elas faziam, queria ver os livros, escrever, enfim.
A tia se formou no magistério e começou a dar aulas, eu estava na idade de entrar para a escola, porém já lia e escrevia muito bem, fui para a escola que ela trabalhava onde ela era minha professora.
Quando estava na 7° e 8 ° série, no turno oposto eu estava sempre na escola, ajudava os professores, substitua- os quando precisavam.
Me formei no primeiro grau e não quis fazer o magistério pois pensava que já estava cansada de sala de aula, então fui fazer o curso normal.
Meus pais sempre me deixaram a vontade para escolher, mas meu pai sempre que podia falava em eu ser professora, atuar na educação. Terminando o 2° grau fui fazer o técnico em informática, meu irmão trabalha nesta área, me formei e não gostei. Fiz um curso em auxiliar de odonto pois eu já trabalhava na área da saúde, não gostei muito não, continuei trabalhando na saúde e logo percebi a vontade de entrar na pedagogia, de estar na área da educação. Me inscrevi para o vestibular e neste meio tempo minha mãe adoeceu, entrei me senti bem, gosto do curso, já penso na pós graduação em psicopedagogia. Foi bom ter fito outros cursos antes para eu ter certeza do que queria para mim, estou decidida e estou sempre interessada em pesquisar noticias sobre a educação.

VIVIAN GIL DOS SANTOS

QUERO SER TUDO...

Era uma vez uma menininha que dizia: quando eu crescer quero ser professora, arquiteta, bailarina, motoqueira e pianista. tinha todos esses ideais.

Já no primeiro ano no ensino fundamental desfilou representando a figura da professora no dia 07 de setembro. Muito falante pouco parava na cadeira sentada, já queria ajudar os colegas e porque não bater um papinho?

Ao longo do ensino fundamental sempre foi acompanhada dos mesmos colegas, alguns passaram por esta turma, mas não ficaram por motivos diferentes, porém a grande maioria estava sempre junto.

Nessa história surgiu um grupo de amigas inseparáveis, aquelas de coração e alma, faziam tudo juntas, até montaram um grupo de dança na escola para apresentar nos festivais de teatro que lá existiam. Bons tempos, elas acreditavam na força do sentimento amizade, tinham palavras mágicas para dizer antes das apresentações, passaram por ótimos momentos, foram perdendo a vergonha de se apresentar em público. Tinha uma querida professora responsável por este grupo de dança, ela não era profissional da área mais tirava os calçados e tentava, incentivando a menininha que era meio durinha para dançar, mais o brilho nos olhos da professora encantava todo aquele grupo.

Durante este percurso essa menininha aproximou-se cada vez mais de uma outra deste mesmo grupinho que sempre estava unido. Surgiu uma eterna amizade, cortavam os cabelos do mesmo jeito, comiam bolachinha recheada quase todas as tardes. Perdiam a hora brincando!

Este grupo foi crescendo, agora pensavam na viagem da oitava séria e a menininha agora moça, era a líder escolhida pela turma. Nesta época surgiu uma outra professora agora uma loira que também fazia tudo pelos seus alunos, era a conselheira da turma. Essa moça passou por muitas dificuldades mais conseguiu junto com todos os colegas e a professora fazer uma linda e divertida viagem! Um dia antes da viajem conheceu o seu grande amor ficou muito feliz e foi logo contar para as suas amigas!

Na volta da viagem ficaram muito tristes, pois sabiam que agora iriam se separar, acabou o ensino fundamental e o médio existia duas escolas na outra cidade. A moça e a sua amiga choravam muito, mais para a surpresa delas foram parar na mesma escola. Neste momento a moça não sabia ainda qual curso iria fazer, então resolveu fazer o ensino médio e não o magistério. A amiga da moça era filha de professora, mas não queria lecionar. A amizade aumentou muito mais, agora eram só as duas em uma escola muito diferente!

Logo no primeiro ano de Ensino Médio fizeram muitos amigos, como eram muito comunicativas não foi difícil. O tempo passou e muitos professores passaram por essa moça, alguns inesquecíveis!

Chegou o tempo de decidir, a moça não sabia bem ao certo qual curso iria fazer, e a sua amiga mais indecisa ainda! A moça começou a pensar sobre tudo que havia passado em sua vida escolar, e resolveu ser tudo ao mesmo tempo: lecionar, planejar, tal vez ir de moto e tocar para seus alunos.

O desafio de ir para faculdade foi grande, a amiga da moça foi cursar matemática, em uma outra Faculdade tal vez algum dia elas ainda vão trabalhar juntas. Mas como uma benção divina a moça encontrou uma nova amiga, que a acompanhou todos os dias, os bons e os ruins. Aí surgiu mais uma eterna e verdadeira amizade. Inseparáveis foram parar na comissão de formatura juntas, mais um pouco de sofrimento, porém com a certeza de que iriam fazer um ótimo trabalho juntas com as demais colegas e amigas!

Hoje está muito perto de pegar o seu canudo, e cada vez mais com a certeza de que é isso que ela quer!!!

DRIÉLI GOMES CHRISTÓVÃO






Quadro-negro

Meu nome é Daiane da Silva Teixeira, tenho 27 anos, moro em Tramandaí. Minha trajetória como professora começou quando ainda era criança. Foi em um final de tarde que meu pai voltando do serviço me trouxe um pequeno quadro negro, lembro que naquele dia fiquei encantada com o presente.
Mas não sabia que a intenção de meu pai era me alfabetizar, mas na época eu queria mesmo era brincar e não dava muita atenção aos ensinamentos e com isso ele que não tinha muita paciência logo se cansou da ideia e abandonou o pequeno quadro negro. Assim eu comecei a brincar de ser professora, colocava o quadro na área da minha casa e fazia do muro, das cadeiras os meus alunos, o que mais me lembro era da “bronca” que dava nos meus alunos.
No mesmo ano iniciava-se a minha vida escolar, e logo que cheguei na escola e vi a minha futura professora de 1ª série comecei a chorar, pois na época não gostei dela e não teve quem me fizesse entrar na sala de aula, logo a diretora encontrou uma alternativa me passou para a turma da tarde e aí sim comecei minha vida como aluna e reforcei mais a minha vontade de ser professora.
O tempo passou, e chegou o momento de escolher o que fazer no após terminar o ensino fundamental, claro que minha decisão já estava tomada, fazer o curso de magistério no I.E.E Barão de Tramandaí, foi uma época maravilhosa, a turma era muito unida, e tínhamos um grupo muito bom, sinto muita saudades deles.
Hoje sou professora nomeada do município, atuo na educação infantil e sou totalmente apaixonada por essa área, e estou descobrindo com o estagio nos anos iniciais mais uma paixão, e uma coisa que tenho adorado e reencontras as minhas professoras de ensino fundamental, pois voltei a escola em que estudei para realizar o estagio.

uma história...

Bom minha história é meia louca,de tudo um pouco aconteceu. Sempre morei em um fim de rua onde as únicas crianças eram meninos com dois, três anos a mais que eu. Era a mais nova de todos os vinte e três primos durante nove anos. Ou seja, minha infância foi praticamente sozinha. A minha casa ficava a uma quadra da escola municipal.
Quando eu tinha mais ou menos quatro anos fugi de casa e fui para a escola, no primeiro horário da tarde, pois minha vontade era enorme de ir a escola e não podia. Minha mãe passou horas a me procurar, colocou a vizinhança toda atrás de mim, todos estavam preocupados. Estiveram na escola me procurando, mas me escondi tão rápido que ninguém me achou. Logo, as merendeiras da escola me viram e disseram para que eu fosse embora. Fique com medo da “tunda” que ai levar. Quando estava chegando em casa, vi meu pai e minha mãe muito preocupada, conversando e conforme ia passando pela casa dos vizinhos todos iam perguntando onde estava. Meu pai que tinha sido chamado do serviço, me pego pelo braço e a conversa dentro de casa foi longa, igual ao castigo. Depois disso só voltei a escola com minha mãe.
Minha mãe ficou grávida com 16 anos por isso preciso trancar os estudos e casou-se dois meses após a noticia. Só conseguiu voltar a estudar com mais ou menos 20 anos, fazendo o 2º ano numa escola particular, porque meu pai com 23 anos, na época, era pintor e a escola pediu para que ele a pintasse, assim em troca minha mãe concluía os estudos, só que os dois não estando em casa eu não tinha com quem ficar, consequentemente com 5 anos comecei na pré-escola mas daí não iam cobrar minha matricula. Esta escola habilitava em contabilidade, optado pela minha mãe, ou magistério.
Na minha turma todos eram filhos de comerciantes, andavam bem vestidos, eram um ano mais velhos, ou seja, eu era o patinho feio da turma, um pouco excluída, mas tolerante. Quando me sentia muito estranha em sala, corria para a turma da minha mãe, na primeira vez minha professora quase morreu do coração, mas depois ela já me procurava direto lá, infelizmente por falta de condições eu e minha mãe tivemos que parar de estudar. Fazer o que?! Meu pai fazia o que podia e minha mãe estava desempregada.
Voltando para vida caseira. Minha mãe vivia para a casa, meu pai e eu. Meu pai tinha dois empregos pintor autônomo, ele gostava, era o prazer dele e também trabalhava na “balança”, setor que pertence ao DNIT. Pouco parava em casa. Já eu! Vivia no meio dos matos, bichos que tinha lá em casa. Não tinha mais espaço para tantos roxos.
Bom o tempo passa. março de 1995 meu primeiro ano letivo minha mãe estava mais nervosa que eu. Na 1º série, 1ª professora, Zulma. Um doce de professora, era experiente, fiquei na escola nem dei bola parecia uma formanda. Lembro que sempre terminava tudo primeiro que todos, e já não me permitia errar, então ela me colocava a ajudar os colegas a terminar. Minhas notas nunca foram menores que 100 (avaliação da época ). Professora Zulma sempre dava tema, eu sempre fiz tudo sozinha... pai e mãe ajudar... nossa Deus me livre, para mim eles não sabiam o que a professora me dizia, pedia, então eles iam fazer errado.
Na 2ª série comecei a estudar de manhã com a professora Luciane, mas logo passei para tarde porque o inverno me trazia muitas complicações respiratórias. Voltando para a tarde a turma era um pouco diferente os colegas custei a me enturmar. Quando entrei era a professora Paula estagiária depois foi a professora Adriane. Lembro-me que me achava super matura aprendendo sinônimos, antônimos... hehehehe como era bom.
Na 3ª série, não sei porque mas lembro pouca coisa apenas que a turma era a mesma, a fisionomia da professora, baixinha e se chamava Liziane, também estagiária.
Na 4ª série tínhamos a professora Elizandra que era minha vizinha e também estagiária. Ela sempre pedia para que eu escrevesse no diário da escola dela e ela escrevia no meu caderno para que não ficasse sem matéria. Quando terminou seu estágio a professora Sidnéia, nossa titular assumiu, porém logo teve que sair. Oh dia mais triste! Todos choraram. E lembro bastante de estudos sociais, faço uma ligação com a 4ª série.
Nossa pensa numa pessoa feliz e preocupada quando passou para 5ª série, prédio novo da escola, turno manhã, classes novas eram infantis porque a tarde era o pré naquela sala e o primeiro professor homem, para a disciplina de história os dois primeiros períodos de segunda. O primeiro mês foi pavoroso, até porque era o 1º ano escolar do professor André. Era um carrasco, se guspia, sem explicação.
Na 6ª série novamente nossa turma foi dividida, ah mais a briga foi grande até que conseguimos unir alguns colegas coitada da diretora sofreu nas nossas mãos. Nós eramos unidos, revolucionários adorávamos bate pé, faze e acontece. Nessa época comecei a jogar futebol no time da escola.
Na 7ª série não lembro muito apenas que a minha professora de português a Gisele disse que eu e minha amiga representantes da turma na concurso da garota da escola, não seriamos capaz de ganhar. Para desprazer dela minha colega foi a 1ª colocada e eu a 3ª colocada, garota simpatia. Esta professora é filha da minha professora da 1ª série, muito diferente da sua mãe. Eu adorava ciências falava do corpo humano.
Quando comecei na 8ª série, nossa era o máximo, a turma mais velha da escola. Fui eleita a líder da turma onde tive que desenvolver diversas atividades como: torneios, festas, rifas,...Nunca esqueço que praticamente fui a única responsável pela organização da escolha da garota da escola, pois os professores tinham diversos compromissos e os colegas das oitavas ficaram encarregados só de vender os ingressos e limpar o ginásio. Eu tive que responder por bebidas da festa, banda, desfile das garotas, jurados, tudo passava por mim. A festa foi um sucesso que tivemos que acabar as duas da manhã, pois era muita gente ao ponto dos seguranças não conseguirem chegar nas brigas. Foi o melhor ano escolar.
Já no 1º ano, mudamos de escola, era bom, mas a turma acabou se dispersando e agente criou novas amizades. No 2º ano passei a estudar a noite, porque precisava trabalhar para ajudar minha família e junto comigo vieram as minhas amigas. Já estava mais complicado, a responsabilidade começava a dar sinais de que estava chegando e tinha que ser assumida.
Finalmente no 3º ano de novo as organizações dos eventos, mas dessa vez não me envolvi tanto. Como tinha me separado a pouco tempo, então não aproveitei como devia as aulas, fiz muita festa, zoeira e ainda assim passei, mais ou menos bem. Assim minhas amigas e eu nos formamos em 2005 e cada uma seguiu seu caminho e até hoje não conseguimos mais nos falar como antes, o tempo é muito curto.
Depois fiquei um ano e meio parada só trabalhando e em casa. Então fiz o vestibular e passei, comecei a estudar na FACOS fazendo três cadeiras no curso de pedagogia. No segundo semestre ganhei uma bolsa integral do PROUNI, e passei a fazer cinco cadeiras. Desde então não parei mais, agora já no sexto semestre. E em todo esse tempo também estive envolvida com grupos de jovens da igreja: ONDA, CLJ, e tudo que me desse espaço, também participei da invernada do município por 4 anos, dei aula de catequese, clube da arvore que era uma espécie de ONG que tinha na escola, participei do time de futsal que representava a escola, e mais...
Sempre tive uma vida cheia e era muito feliz e não sabia,...mas estou ai sempre esperando o que me reserva o destino, pronta para encarar qualquer situação podendo assim continua essa história.


Franciele dos Santos Marques

AUTOBIOGRAFIA






INGRESSEI NA ESCOLA MUNICIPAL RUI BARBOSA (MARILUZ), NO MUNICÍPIO DE IMBÉ, EM 1976. ENTREI NA 1° SÉRIE, ANTES DE COMPLETAR 6 ANOS DE IDADE, POIS JÁ SABIA LER E ESCREVER.
NA 2° SÉRIE, FIQUEI COM TRAUMA DE NÚMEROS, POIS A PROFESSORA SÓ MANDAVA ENCHER LINHA COM ELES. POR ISSO ATÉ HOJE, TENHO PAVOR DE MATEMÁTICA. FIQUEI NESTA ESCOLA, ATÉ A 4° SÉRIE. DEPOIS, FUI ESTUDAR EM TRAMANDAÍ, NO “ GINÁSIO ESTADUAL BARÃO DE TRAMANDAÍ”, ONDE FIZ O 2° GRAU, NO CURSO DE MAGISTÉRIO, E TERMINEI EM 1991.
ENTRE 1991 E 1993, TRABALHEI EM DUAS ESCOLAS: * ESCOLA CÂNDIDO OSÓRIO DA ROSA (TDAÍ – 1991) E ESCOLA RUI BARBOSA (IMBÉ – 1992 E 1993).


EM 1993, ME CASEI E NO FINAL DO ANO “ LARGUEI TUDO “ (PAREI DE TRABALHAR). EM 2001, NASCEU MEU FILHO MURILO DE FRAGA BRAUNER, QUE HOJE, ESTÁ COM 9 ANOS.ESTE É O MEU TESOURO.

DOIS ANOS DEPOIS DO NASCIMENTO DELE, FIZ VESTIBULAR PARA PEDAGOGIA POR INFLUÊNCIA DE MINHA MÃE, QUE SE CHAMA JÚLIA. VOLTEI ENTÃO A ESTUDAR DEPOIS DE 11 ANOS. AGRADEÇO À DEUS E A ELA TODOS OS DIAS, POR TER INSISTIDO PARA QUE EU VOLTASSE A ESTUDAR. TAMBÉM REALIZEI UM GRANDE SONHO DELA ( TER UMA FILHA UNIVERSITÁRIA E COM DIPLOMA).
EM 2007/2, ME FORMEI EM PEDAGOGIA HABILITADO EM SÉRIES INICIAIS, PELA FACOS. VOLTEI E ESTOU TERMINANDO EDUCAÇÃO INFANTIL. EM JULHO DE 2011 ME FORMO NOVAMENTE. PORÉM NÃO É ESTA ÁREA QUE GOSTO, DE TRABALHAR. PREFIRO CRIANÇAS MAIORES.

ASSIM QUE TERMINAR, PRETENDO FAZER PÓS EM ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL. UMA VEZ COMECEI A CURSAR E NO MEIO DESTE, POR MOTIVOS FINACEIROS, TIVE QUE DESISTIR. NESTA OCASIÃO, PERDI O CONTRATO QUE TINHACOM A PREFEITURA DE IMBÉ, ONDE ERA PROFESSORA.
SEMPRE QUE CONSIGO CONTRATO, TRABALHO NA ESCOLA MUNICIPAL RUI BARBOSA. ATUALMENTE, TRABALHO NO CAPEBII (CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO BÁSICA II ), ONDE SOU PROFESSORA E PRETENDO FICAR POR MUITOS ANOS.

Scheila Cardoso de Fraga

AUTOBIOGRAFIA

É DIFÍCIL SE AUTO DEFINIR ENTRE TRAJETÓRIAS, EXPERIÊNCIAS, ESCOLHAS E INFLUÊNCIAS DA VIDA. MAS RECORDO MUITO BEM, COMO FUI FELIZ DURANTE TODO O MEU 1° GRAU, EMBORA TIVESSEM BRINCADEIRAS DAS QUAIS NÃO GOSTAVA COMO: “ OLÍVIA PALITO/ GIRAFA/ MINHOCA ...” TENHO COMO UMA DAS MELHORES FASES DA MINHA VIDA. UM TEMPO QUE NÃO TINHAMOS TANTOS COMPROMISSOS, QUE FANTASIÁVAMOS UM MUNDO PERFEITO, SEM CONHECER MUITAS COISAS DO MUNDO.
NO 2° GRAU A COISA JÁ COMPLICOU, FOI BASTANTE DIFÍCIL, EM FUNÇÃO DE NÃO SER TÃO ESTUDIOSA E SIM MAIS SAPECA, MOLECA ...
A ESCOLHA PROFISSIONAL TAMBÉM FOI ENROLADA DIFÍCIL, FIQUEI SEM RUMO POR ALGUM TEMPO, DEIXEI A FACULDADE DE DIREITO QUE MINHA MÃE QUERIA MUITO.
MAS QUEM INFLUÊNCIOU MINHA TRAJETÓRIA, NA EDUCAÇÃO, FOI MINHA QUERIDA IRMÃ. ELA É PROFESSORA E SEMPRE FOI UMA GUERREIRA, DE GRANDE EXEMPLO NA FAMÍLIA.
A FACULDADE ESTÁ CHEGANDO AO FINAL, “AOS TRANCOS E BARRANCOS”, MAS ESTÁ!
SEPARAR ESTUDO E VIDA PESSOAL É DIFÍCIL, MAS TRABALHO ATUALMENTE NA ÁREA. FOI UM EMPREGO QUE CORRI ATRÁS E CONQUISTEI. SOU MUITO BENQUISTA POR MEUS ALUNOS E SUPERIORES, ISSO CONFORTA, DÁ FORÇA PARA CONTINUAR E SEGUIR EM FRENTE.
COMO PESSOA, ACREDITO QUE AMADURECI BASTANTE. EM UM ANO TRABALHANDO NA ESCOLA, JÁ APRENDI MUITO COM ALUNOS, PROFESSORES E PAIS.
APÓS TERMINAR A FACULDADE, QUE OCORRE SE “DEUS QUISER” NO FINAL DO ANO, PRETENDO INICIAR UMA PÓS E FAZER CONCURSOS.
FOI UMA GRANDE ESCOLHA, UMA TRAJETÓRIA DIFÍCIL, MAS ME SINTO ATUALMENTE DE “ BEM COM A VIDA “ E VONTADE DE BUSCAR MAIS!

MICHELLE MORAIS THIESEN

MINHA AUTOBIOGRAFIA



Olá!
Eu me chamo Giliani Scheffer Lumertz, sou estudante do Curso de Pedagogia da Faculdade Cenecista de Osório.
Sempre achei muito difícil falar sobre. E agora não vai ser diferente. Mas aceitei o desafio.
Desde pequena sempre tive vontade de ser professora. Sabe de uma coisa? Acho que está no sangue. A minha bisavó foi uma grande professora, tem até uma escola com o nome dela na cidade onde eu morava.
Bom, mais voltando para a minha história lembro que quando eu estava na pré-escola, lá no Instituto Estadual de Educação Maria Angelina Maggi, em Três Cachoeiras, eu chegava em casa e passava as atividades que eu tinha feito em aula num quadro negro que eu tinha em minha casa e brincava de ser professora com a minha irmã mais nova que na época tinha 4 anos. O tempo foi passando e ao invés de passar as atividades no quadro para a minha irmã, que por sinal as vezes não gostava porque ela nunca podia ser a professora, eram os meus colegas tinham algumas dificuldades na escola, que iam lá em casa para que eu pudesse ajudá-los e tirar suas dúvidas.
Sabe que não tenho muitas lembranças do meu tempo de escola. Mas as poucas que tenho, carrego até hoje como um grande exemplo para a minha vida profissional.
O tempo foi passando, fui chegando na adolescência e era sempre a mesma coisa, eu ajudando os meus colegas... E eu gostava!! Ficava tão feliz que tentava me lembrar de como as minhas professoras me ensinavam... E que professoras... Professora Luci, Professora Daiane, Professora Lidiane, Professor Carmo... Que saudades!


Quando terminei o ensino fundamental, começou a surgir os primeiros conflitos por causa da minha futura profissão. Eu queria fazer o magistério e os meus pais que eu cursasse o técnico em contabilidade... Quase igual uma coisa da outra, não é?! Rsrsrsr. Pois é acabei cursando o técnico em contabilidade. Mas teve um porem... no último ano minha família e eu nos mudamos para outra cidade, de Três Cachoeiras para Capão da Canoa. E adivinha!? Em Capão da Canoa não tinha o curso técnico junto com o ensino médio, que era o que eu fazia em Três Cachoeiras. E para piorar a situação acabei fazendo o meu último ano em uma escola estadual onde cursei somente o ensino médio. No final das contas não fiz o Magistério que eu tanto queria, e não terminei o curso técnico em Contabilidade que os meus pais tanto queriam
Acabei indo trabalhar no comércio, e quando fui fazer o meu primeiro vestibular, fiz para administração... Acho que fiz mais por que era na área que eu estava atuando e por incentivo de meus pais.
Esperei mais um tempo, tomei coragem e fiz vestibular para Pedagogia na FACOS. Passei. E comecei o curso. Me encontrei realmente. Fiz o estágio de educação infantil e amei, por mais que no decorrer do mesmo tenham acontecido alguns contratempos em minha vida, graças a Professora Silvia e minha família, consegui realizá-lo com sucesso.

Neste meio tempo também surgiu a oportunidade de trabalhar na APAE de Capão da Canoa. Foi algo maravilhoso, lá vivi momentos inesquecíveis de minha vida, e que vou levar para sempre como um grande exemplo de vida e dedicação... Saudades.
Sei que ser professora não é uma tarefa fácil. Temos que ser um pouco mãe, pai, amiga, psicóloga, e acima de tudo professora.
Hoje, com 22 anos, estou realizando um grande sonho: SER PROFESSORA. Quando estou dentro da sala de aula me sinto realizada, feliz, completa. E é ai mesmo, dentro da sala de aula que pretendo viver muitos momentos da vida, talvez os melhores.


“Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
( Shakespeare )

Giliane Scheffer Lumertz

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Uma colcha de retalhos em construção



Era 29 de janeiro de 1985, as contrações começaram e o bebê esperado para e metade de fevereiro dava sinais de querer chegar antes do tempo, as 11h e 10 minutos nascia na cidade de Três Passos, Elisangela Lopes.
Filha de ex- agricultores, que devido as condições da época e falta de incentivo das famílias e falta de recursos estudaram somente até a quinta-série, mas na época do meu nascimento meu pai já estava trabalhando na Brigada Militar e minha mãe dona-de-casa. Acredito que, de tanta vontade que meus pais tinham em continuar a estudar, nunca mediram esforços para que nós, eu e minhas 2 irmãs, pudéssemos freqüentar a escola.
Era uma criança que não parava um minuto, estava a toda hora fazendo perguntas, queria saber tudo, eram muitas dúvidas, e queria muito escrever meu nome e aprender a ler. Fazia todos os dias a minha mãe me ajudar a escrever meu nome, eu tinha 5 anos.
Aos 6 anos, eu queria muito ir à escola, incomodei tanto que matricularam-me na escola, e ainda minha professora seria uma grande amiga dos meus pais, a professora Cleci, que eu conhecia somente por Gringa. Lembro-me das incansáveis folhas de caderno preenchendo a linha, treinando caligrafia, identificar nos conjuntos a quantidade de objetos, era julho quando finalmente, aprendi a ler. Para NEGRINE (1994:20) "Quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica."
Estava radiante, até o dia em que meu pai avisou que havia pedido sua transferência para Capão da Canoa, meu mundo desabou, teria de deixar amigos, vizinhos, escola, colegas, tudo para trás. Fiquei chateadíssima, chorei, mas de nada adiantaria, já estava acertada a transferência. Finalmente em agosto nos mudamos para Capão da Canoa, meu pai nos matriculou na Escola Jorge Dariva, estudamos lá durante uma semana, tenho a terrível lembrança da professora com uma régua enorme na mão, que batia nas mesas dos alunos quando eles conversavam.
Depois de uma semana, meu pai achou um lugar mais amplo para morarmos e precisávamos fazer mais uma mudança, iríamos mudar de bairro, e mais uma vez era necessário mudar de escola.
Eu chorava todos os dias, não queria que minha irmã voltasse para casa, queria poder ir embora com ela. Não conseguia me adaptar a escola nova, era tudo muito diferente, em Três Passos, falávamos: leite, caroça (carroça), já em Capão as pessoas falavam: leiti, carro, denti, era muita diferença cultural.
Em um ano foram 3 escolas, mas consegui ser aprovada e ainda aprendi a ler e escrever. No ano seguinte mais uma mudança e voltamos para a Escola Jorge Dariva, da 2ª até 8ª série estudei nessa escola, foram anos incríveis, nunca esqueço que na 6ª série tive minha primeira nota vermelha, em História, a média era 60 e eu tirei 45.
Em 1998, eu tinha 13anos, estava na 8ª série, era final de ano, época de decidir o que fazer, tinha de decidir se faria ensino médio ou faria o curso normal. Foram muitas conversas com meus pais, feitos muitos cálculos, e resolvi que faria o curso de magistério. Foram 3 anos de muita aprendizagem, conheci pessoas maravilhosas, cada mestre mais especial que o outro, mas mesmo assim não tinha certeza se era isso mesmo que eu queria. Até o dia de fazer o mini- estágio, achei o máximo, fiz cada atividade interessante, me senti realizada.
Durante o período de estágio do magistério, foram 6 meses que senti grande responsabilidade sobre meus ombros, no inicio pensava em desistir, mas logo pensava que se havia começado o estágio, havia de terminá-lo.



Aos poucos fui acostumando-me a ter pelos menos 25 crianças sob minha responsabilidade, algo emocionante, todos os dias eu tive vários “fãs” que por nem um minuto deixavam-me silenciar. Queriam saber de tudo e assim tentei solucionar suas dúvidas. Tive muitas alegrias e algumas tristezas, afinal nem tudo é perfeito.
Perdi a pessoa mais importante na minha vida, minha mãe, a grande inspiração para seguir minha caminhada, era ela quem me incentivava, era ela quem ficava até de madrugada me ajudando a montar as aulas práticas, acho que esse era o seu sonho: ser professora, e que aos poucos foi sendo o meu também. Mas ganhei o carinho e amor da minha turminha, da minha professora titular, que havia sido minha professora lá na 5ª série, e ainda lembrava de mim, recebi o apoio dos pais e de todo corpo docente da Escola em que fazia o estágio, aprendi coisas que jamais esquecerei. Fiz a formatura, e até o anel eu ganhei, embora o que mais quisesse era um abraço da minha mãe.
Depois de todas essa mudanças na minha vida, fui trabalhar no comércio, havia perdido minha mãe e a vontade de estar em contato com a escola, com a educação. Mas queria fazer vestibular, por curiosidade e também para saber como me sairia. Fiz então o vestibular de verão na Unisc, para o curso de Sistemas de Informação, sem ter estudado, fui fazer a prova, sem convicção de que passaria, porém no dia da Lista de aprovados, meu nome estava lá, com nota não muito boa e média pior ainda.
Me matriculei no curso, estudei por 4 semestres, foram 13 cadeiras, e mesmo assim me sentia vazia, sentia que faltava algo, resolvi então trancar o curso. Fiquei descansando por 2 anos, e tentando descobrir algum curso que me chamasse a atenção. Coloquei tudo na balança e foi só ali que percebi que não era tarde para voltar a usar os conhecimentos do curso de magistério, resolvi fazer pedagogia, fiz o vestibular e passei.
Em 2007/1, estava dando inicio a mais uma etapa na minha vida, hoje estou no 6º semestre, já construí alguns conhecimentos, digo sempre que comecei a construir a minha colcha de retalhos, já agreguei alguns retalhos, outros ainda estão sendo agregados e tantos outros que virão. Faço Pedagogia por que acredito que o mundo ainda tenha solução e eu quero fazer a minha parte.



"Não é possível refazer este país, democratizá-lo,humanizá-lo,torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, viabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." ( Paulo Freire )

" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

Elisângela Lopes

Minha história de vida




Minha história de vida começa antes mesmo de nascer,minha mãe escolheu esse nome, pois havia uma princesa chamada Greice Kelen, princesa de Monaco. Então ficou Greisi
Passei uma infância maravilhosa, sempre tive liberdade de brincar a vontade com meu primos. Eu tinha um grande interesse e muita vontade de ir para a escola, mesmo sem idade para ir eu acompanhava meu primo e ficava lá com ele.
O tempo foi passando e o interesse aumentava cada vez mais, minha tia da parte do meu pai era professora e me incentivava muito, ajudava ela sempre que ia para lá, com os trabalhos da escola.Foi então que ganhei um quadro pequeno e muito giz! Passava horas brincando nos fundos de casa em um galpão construído pelo meu pai.
Sete anos se passaram e minha irmã nasceu, confesso que tinha um pouco de ciúmes mas ajudei muito minha mãe, cuidando dela. Trocava fraldas, fazia mamadeira, passava fraldas de pano, enfim eu era uma irmã bem atenciosa.Sempre gostei de crianças pequenas, minha mãe dizia que eu não podia ver que já ia para cima e pegava no colo! Ela falava que era bem engraçado.



Então cresci me tornei adulta, comecei a trabalhar! em lojas, mercados, em vários lugares diferentes menos na parte da educação. Aos 22 anos iniciei o magistério, mas não fiz o estágio, em função do trabalho que eu tinha na época.
Quando completei 24 anos fiz o vestibular de pedagogia, passei já estava trabalhando, na escola onde fiquei 5 anos, uma experiência maravilhosa com momentos surpreendentes e inesquecíveis.Jamais esquecerei tudo que passei lá! as crianças eram minha outra metade, tudo que fazia era por elas.
Através desse pequeno relato da trajetória da minha vida pude contar um pouco de como foi e os momentos felizes que passei, acredito que ainda terei novas experiências e tenho muitas coisas para aprender ainda. E isso tudo fez com que eu escolhesse essa profissão maravilhosa que é ser professora, claro com muitos obstáculos e pedras no caminho, mas no fim tudo dá certo e o resultado e gratificante.
GREISI ARAÚJO

sexta-feira, 14 de maio de 2010

História de Vida




No dia 29 de maio de 1989 eu nasci não me lembro é claro, pois, afinal essa é uma das únicas coisas que não conseguimos lembrar. Cresci junto de meus pais e de um irmão, tenho mais duas irmãs, mas que já não moravam mais em casa quando eu nasci. Éramos felizes, lembro de uma época que disse para minha mãe que não queria crescer, adorava ser criança, e adulto não podia brincar, minha mãe me disse que eu iria crescer sim, mas que não era para eu pensar nisto agora, que deveria neste momento apenas ser criança, e assim fiz.
Os anos foram passando e em 1996 entrei na escola, na 1° série do ensino fundamental, lembro que passei a semana inteira esperando por esse dia, mas quando esse chegou... não queria mais ir, mas minha mãe me convenceu, me arrumou e me levou para a escola, quando chegamos lá, minha mãe me deixou na sala de aula, a sala estava cheia de crianças e o pior, que boa parte delas estavam chorando, então comecei achar estranha aquela situação e também deixei escapar algumas lágrimas, mas essas foram rápidas pois estava louca para escrever, foi então que recebemos uma cartilha onde fiz os primeiros traços contornando sobre pontilhados, passou alguns dias e começamos a aprender o alfabeto nesta mesma cartilha, nela havia textos sobre cada letra, eu que havia aprendido apenas as vogais e algumas consoantes, um dia em minha casa quis ler todo o livro, as letras que não conhecia perguntava para minha mãe, é claro que não consegui ler tudo, mas bem que tentei.
Estudei da 1° a 8° série na Escola Estadual de Ensino fundamental Mirko Lauffer, na localidade de passinhos, onde morei e ainda moro com minha mãe. Minha mãe foi quem sempre me ajudou na escola me auxiliando a aprender ler e escrever. Aos 9 anos estava na 3° série, meu pai que já estava há algum tempo muito doente veio a falecer, foi muito triste, pois, agora éramos eu e minha mãe, meu irmão já não morava mais em casa, pois já trabalhava fora e ia apenas alguns dias em casa. Minha mãe teve uma seria depressão, e teve passagens pelo hospital, eu ainda uma criança por consequência faltei muito na escola, mas as coisas foram se encaminhando e ficando tudo bem, afinal querendo ou não perder pessoas que amamos faz parte da vida. Naquele ano mesmo com muitas faltas não tive baixo rendimento escolar, pois nunca reprovei.

No ensino médio passei a estudar na escola Ildefonso Simões Lopes, mais conhecida como Rural, no município de Osório, a escola era grande bem diferente da que eu estudava, mas me adaptei bem. Era muito bom estudar na Rural, estive lá três anos, foi a caminho da escola que conheci meu namorado, estamos juntos até hoje, porém agora somos noivos.
No ultimo ano na escola em 2006 fiz a prova do ENEM, minha nota foi boa, então me escrevi para o PROUNI, coloquei varias opções de curso, mas não havia colocado pedagogia, não fui chamada para nenhum curso, então na segunda chamada me escrevi novamente, meu namorado estava comigo na hora da inscrição, quando olhamos as opções de curso disponíveis na Facos havia apenas Pedagogia, não era o que eu queria, pois, pretendia fazer Educação Física, meu namorado me aconselhou a colocar pedagogia como opção, já que eu não teria condições na época de pagar uma faculdade, não custava tentar se eu não gostasse poderia trocar de curso ou desistir, então resolvi arriscar e consegui a vaga. No ano de 2007 fui chamada, e em agosto entrei na Faculdade no curso de pedagogia, eu e minha família ficamos muito felizes. No primeiro dia na faculdade não conhecia ninguém, fiquei um pouco perdida, mas logo fiz amizades e comecei a gostar do curso, hoje não me arrependo da escolha que fiz, pois, gosto do meu curso. Não tenho muita experiência como professora, mas acredito que experiência se adquire a cada dia de trabalho.
Tenho 20 anos e no 1° semestre de 2011 irei me formar, estou um pouco ansiosa, pois será um sonho realizado. Hoje me considero uma pessoa FELIZ, pois, tenho quase tudo o que preciso, tenho sempre comigo pessoas maravilhosas dispostas a me ajudar e me apoiar.
Estas são algumas passagens da minha vida que me fizeram crescer e me faz amadurecer a cada dia, as perdas as conquistas fazem parte e o importante é VIVER!
Ana Paula Inácio

carta a uma amiga


Tramandaí, maio de 2010.
Querida Amiga

Venho a te escrever essa carta para dizer-te como foi a minha experiência escolar. Como você sabe, não tive muitas experiências, porque a minha trajetória na escola não foi das melhores.
Tive dificuldades como todas nós tivemos, tivemos dificuldades e problemas, mas, ao correr dos anos, aprendemos a enfrentá-las e seguimos adiante.
Ah, Lisiane! Querida amiga, nos conhecemos na ACM, quando eu tinha dezessete e você quinze anos. Sabes que eu tive repetições na sexta-série e não tive como continuar na escola, por motivos da idade a ACM não aceitava mais. Por isso, tive que buscar outras opções na minha vida e escolher outros métodos para continuar a minha trajetória escolar.
Cheguei a conclusão que deveria fazer o Universitário(supletivo) , como eu não consegui completar o ensino fundamental, o que para mim foi uma pena, por que eu poderia ter completado o ensino fundamental regular e não teria dificuldades ao longo da minha vida escolar. Mas tudo bem, é a vida, o que podemos fazer, se não fazer o que podemos?
No Universitário, não explicadas as matérias minuciosamente e sim por partes, por isso, que é fácil, entrar e depois sair, mas para isso, temos que ter um conhecimento e inteligência.
Quando eu chegou a hora do vestibular, não sabia exatamente o que fazer, mas, tinha uma opção na minha cabeça, era de fazer o curso de Medicina Veterinária, por adorar “animais”. Outra opção era de fazer um curso que tivesse a ver com “crianças “, por isso não sabia qual fazer, então resolvi fazer na UFRGS, Medicina Veterinária e depois, na PUC, fiz Pedagogia(sinceramente não sabia o que era), e passei na PUC. E até hoje eu não me arrependi e estou adorando a fazer o curso até hoje.



Desde pequena, eu já tinha a vontade ser professora, por que nós brincávamos de professora e aluna. Lembra que eu ganhei um quadro negro do pai e com giz, para fazermos de conta, que uma era a professora e a outra a aluna? Foi um tempo muito bom aquele, mas passou e nós nos divertimos muito, não achas? Foi um tempo muito bom aquele, mas passou e não volta mais e por causa disso, penso que tive a vocação de ser professora e chegar até aonde eu estou hoje.
Quando brincávamos de ser “professora”, era uma brincadeira que ao longo dos anos foi se tornando realidade, que é um sentimento profundo com amor, coração e alma, porque quando entramos na sala de aula com coração e alma, tudo fica melhor na minha vida pessoal e profissional. Você sabe como isso me faz bem, faz parte de mim, da minha vida e ainda tive mais vontade de me tornar professora, pois a minha mãe foi professora quando era jovem. Eu quero continuar a caminhada dela, que me deu a vocação de ser professora.
Andreia Celaro


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu, por mim mesma!!!


Sempre fui uma pessoa que não tem paciência de escrever sobre si mesma. Contar fatos do dia-a-dia, fazer diário, essas coisas... E agora vivencio uma nova experiência: contar alguns pontos de minha vida os quais me ajudaram a escolher minha futura profissão! Até comentei com uma colega sobre o nosso passado, o quanto vivemos momentos, que acabem se perdendo com o passar do tempo e ficando esquecidas em nossas memórias...
Lembro-me que antes de entrar para a escola, eu já gostava de “brincar de escolinha”, pois pegava todas as bonecas que tinha, fazia um círculo com elas e fazia de conta que eram as minhas alunas e eu a professora, a qual só ensinava rabiscos e algumas letras do meu nome que eu já conhecia.
Entrei para a escola aos 6 anos, na 1ª série. Como não cursei a pré-escola, não tinha noção alguma de como usar o caderno. Lembro que no primeiro dia de aula, a professora escreveu no quadro vários “L”, em letras cursivas. Eu não sabia nem como se fazia isso! Abri o caderno, lá pelas páginas do meio (como era bonitinho o meu caderno com desenhos de peixinhos!) e tentei copiar... Imagine se eu consegui! Claro que não. A professora então percebeu que eu estava muito sem noção, e veio até a minha classe e me ensinou como se fazia o exercício e também explicou a sequencia correta de usar as páginas do caderno.
Pouco antes de completar um mês de aula, fui trocada de turma. A minha nova professora, Alba, era muito legal e atenciosa. Ela confeccionou uma cartilha em um caderno pequeno sem espiral, para uso nas aulas. Claro que era um método tradicional de ensino, com BE-Á-BA, etc., mas foi muito significativo para a minha aprendizagem. Neste período em que eu estava na 1ª série, eu continuava pegando as minhas bonecas, e fazendo de conta que elas eram minhas alunas. O que eu aprendia de manhã, ensinava às bonecas à tarde! E, ainda, pegava giz da professora para poder escrever na geladeira azul de minha mãe. Minha mãe ficava muito brava comigo, pois eu usava a geladeira como quadro!
Por incrível que pareça, lembro de cada um dos meus primeiros dias de aula em cada série e cada nova escola. E, também, o nome de cada professor nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Neusa, Alba e Saul – Educação Física (1ª série); Rosane, Lucíola e Elizabeth (2ª série); Milene e Miriam (3ª série); Maria de Fátima (4ª série). Já os professores da 5ª série, até o Ensino Médio, lembro de alguns, aqueles que mais me marcaram... Os que foram mais significativos e, também aquele que tentou me fazer desistir de estudar, na 6ª série, mas que ao contrário disso, fez com que eu me tornasse uma pessoa que luta para sempre estudar e pensar que eu sou capaz de aprender sim! Tudo aconteceu, assim: no ano de 1994, minha família estava passando por alguns problemas. Minha mãe estava com a saúde fragilizada e estava grávida. Naquele ano, eu caí no calendário rotativo, por ter trocado de escola, onde as aulas começavam em abril e terminavam no fim de fevereiro. Devido à saúde fragilizada de minha mãe, eu faltava às aulas e tinha muita dificuldade em Matemática. Minha mãe acabou perdendo o nenê, aos 8 meses de gravidez, tendo que ficar hospitalizada e eu ficava em casa cuidando dos meus outros irmãos: Cíntia, José Luiz, Júnior e Laura, todos mais novos que eu. Ao ter alta do hospital, minha mãe foi falar com o professor de Matemática, pedindo para que ele me passasse a matéria. As minhas notas até então, nesta nessa disciplina eram muito baixas – a mais alta foi 4,0! E eu ouvi o professor dizendo: ela nunca vai ser capaz de aprender Matemática! Naquele ano fui reprovada e troquei de escola, voltando à que tinha estudado até a 5ª série. E prometi a mim mesma: eu vou aprender Matemática, vou ter as maiores notas da turma e vou voltar àquela escola para provar a este professor que eu sou capaz sim! Resultado: no 1º bimestre minha média em Matemática foi 95. Só não fui “esfregar” o boletim na cara do professor, porque minha mãe não deixou, e a minha nova professora de Matemática, a Eliane, me incentivou a estudar e disse que eu era capaz de aprender tudo o que eu quisesse.
Um dia eu ainda vou reencontrar este professor e quero dizer a ele que eu aprendi e que agora eu vou ser professora, porque fui capaz de aprender e chegar à graduação. E não vou parar por aí! Eu ainda quero ser doutora em educação. Todos somos capazes de aprender qualquer coisa, por mais difícil que ela seja, basta querer.
Ao refletir sobre essa minha experiência, penso que eu poderia ter acreditado naquele professor e pensar que eu era incapaz, mas isso me fez querer vencer e provar que eu podia sim!
Em 2007, ingressei no curso de Pedagogia, na FACOS, e me senti muito feliz, pois fazia sete anos que eu tinha me formado no Ensino Médio e sempre tive vontade de voltar a estudar, mas por não ter condições, não pude recomeçar antes. Cursei um ano e estava prestes a trancar o curso, pois neste período fiquei desempregada. Mas felizmente tive uma boa nota no ENEM e me inscrevi para o PROUNI. Consegui a bolsa integral e aqui estou hoje. Naqueles dias que antecederam a conquista da bolsa, eu estava desesperada, pois não queria de jeito nenhum parar de estudar e, mesmo que eu fizesse apenas três disciplinas, não teria condições de arcar com todos os gastos. Ao ver o resultado da bolsa liguei para minha mãe e choramos juntas, devido à felicidade desta conquista.
Agora falta pouco tempo para eu me formar e, depois quero fazer pós-graduação. Quero ainda poder falar de muitas outras conquistas, pois sonho alto e, um dia, quero fazer doutorado em educação. Meu sonho é ir para a sala de aula e poder aprender muito!

Aline de Paula Neves
O COMEÇO DE UMA HISTÓRIA





Meu nome é Ângela, sempre fui uma criança alegre e brincalhona, lembro-me de quando entrei na escola na primeira série, fiquei muito triste, pois o único tempo que tínhamos para brincar era no recreio.
Tenho recordações e saudades de uma professora muito querida, chamada prof.ª Rosa, atenciosa, estava sempre alegre, brincando com a turma. No momento de fazer os exercícios, passava-os com muita atenção e nos deixava bem à vontade, sem pressão alguma. Até hoje tenho contato com essa professora.
Para terminar parte do primeiro grau não foi fácil. Tive que trabalhar desde os meus 14 anos para ajudar meus pais que não tinham condições para pagar o transporte escolar. Acabei parando com os estudos. Nesse meio tempo que fiquei sem estudar, trabalhei de babá, doméstica, manicure e cabelereira que é a minha atual profissão.
Sempre fui uma pessoa de não desistir dos meus objetivos. Alguns anos depois, retomei de onde havia parado. Concluí o primeiro grau, fiz o segundo e em 2007 prestei vestibular para pedagogia. Por ser uma pessoa persistente é que estou aqui no sétimo semestre.
Sou casada há onze anos, tenho dois filhos lindos, uma família maravilhosa que me apóia muito.
Sempre gostei de crianças. Há oito anos, dei aula de catequese e de crisma. Achei maravilhoso poder ensinar e aprender ao mesmo tempo. Sei que a tarefa de ser educadora não é fácil, mas acredito que o caminho para melhorar a nossa educação, é se dedicar ao máximo e nunca esquecer de sempre buscar o novo.

Ângela Dadda Bossle

AMO MINHA VIDA





Meu nome é Paula, nasci na cidade de Osório no dia 10|05|1981. Sempre fui uma criança calma e tranquila, que gostava de brincar com bonecas e livros.
Comecei a estudar aos 7 anos de idade, em uma escola próxima da minha casa. Lembro-me de várias professoras que tive. A que mais me recordo é a da 1ª série, a professora Rosa da qual eu adorava. A outra que me marcou muito foi a da 2ª série, pois ela dormia debruçada na mesa, eu até achava engraçado. Das outras só tenho apenas vagas lembranças. Parei de estudar na 6ª série porque a escola só tinha até o quinto ano e como eu morava no interior não havia transporte escolar e meus pais não tinham condições de pagar.
Após alguns anos, quando já estava trabalhando, incentivada pelo meu marido, recomecei a minha jornada de estudos. Com dezoito, fiz a 6ª série e após dois anos conclui o primeiro grau. Daí por diante não parei mais.





Casei com 20 anos e vim para Osório. Aos 22 fui mãe de um lindo bebê chamado Gabriel e após um ano e meio concluí o meu segundo grau na Escola Albatroz à noite. Em 2007, fiz vestibular para pedagogia por gostar do contato com crianças e também pelo importante convívio que tive na minha iniciação escolar ao lado de uma professora maravilhosa, isso me estimula até hoje para ser educadora. Trabalho na área de beleza, mas no futuro pretendo exercer minha profissão de educadora, pois lutei muito para chegar até aqui. Agora falta só um ano para me formar e, lembrando o caminho que já percorri, afirmo que é este ideal que quero para minha vida.


Paula Dada de Morais