sábado, 31 de maio de 2008

Boas lembranças

Lembro-me de bons momentos na escola. Uns tristes, outros nem tanto, mas que sobremaneira me fazem lembrar da escola como um local singular. Estar na escola significava estar ao mesmo tempo em casa por ser um ambinete sadio em que transitava muita amizade. Somos sempre estudantes. Deixei a escola fui para outro e hoje estou em outra; muda-se de nível, mas a arte de aprender é constante. Ser aluno de uma escola seja qual for é ser ao mesmo tempo um colaborador, como numa empresa, onde somo sinstigados a mudá-la, a agir, a ser e a aprender.
Ter uma relaçã com a escola é conseqüência de uma interação diária e sadia pelos seus ambientes. Nunca deixei de ir por obrigação. Ir a escola era, e ainda é, estabelecer um vinculo com nossa casa. Sempre fiz da escola um local onde eu era um dos sócios.
Os professores, sim, faziam a diferença. Alguns fizeram com eu odiasse a matemática, outro tornaram a química maravilhosa, outros (re) criaram as aulas de portugues, enfim, existia em nossa pequena visão de mundo o “bom” e o “mau” professor, mas quem o modelava eramos nós. Faziamos bagunça, aprontavamos mesmo, mas sabiam o mento certo de parar e prestar atenção ao que o professor dizia. Muitos diziam, é diziam, os conteúdos nos faziam escrever sem parar até cansar, outros olhavam constatemente nossos cadernos para conferir grafia bonita, organização, coisas que não modificava muito o meu aprender, mas outros dominavam o assunto, nos faziam adentrar no conteúdo e nos sentir o mundo novo nos reluzia aos olhos.
A época, meus pais tinham um bom relacionamento com os professores. Quando meu pai faleceu, uma delas, da minha terceira série em 1989, esteve lá, nunca imaginei que ela iria lembrar de nós, mas lembrou. Outros eduadores ficaram na lembrança, outro nem na memória. Existem aqueles que já s foram e que nos trazem saudades que não tinham relacionamento com nossa familia, mas que na escola éramos uma familia.
Um futuro melhor? Não sei se a escola me proporcionou isto. Sabe por que? Era dificil tanto para nós reverter como para os professores atribuir valor significativo aos seus conteúdos. Simplesmente eles nos abarrotavam de matérias, muitas vezes vazias, e que não consegui ver um horizonte, somente montanhas.
Se for professor procurarei ser ou atuar como alguns agiram. Os que não atribuiam laços não são dignos de serem citados, mas vou citar alguns: na pré-escola em 1986 a profª Betinha no Prudente de Moraes, em 1989 na 3ª, a Iró, na 6ª de Ciências, Guacira; na 8ª, profº Davi Fleck (in memoriam); no segundo grau em 1999, Física, o profº Paulinho.

Fernando Trindade Costa

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